O final de semana foi violento na capital do estado. A Delegacia de Homicídios de Curitiba registrou, da manhã de sexta-feira até o final da tarde deste domingo, 11 homicídios, oito tentativas e um suicídio. No Instituto Médico Legal outras nove mortes foram registradas. Os dados parecem alarmantes mas não ultrapassam demais a média de assassinatos nos finais de semana, sempre maior do que nos outros dias.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Adonai Armstrong, o aumento no registro de mortes no fim de semana se deve principalmente ao aumento no consumo de álcool e de drogas. "As pessoas aproveitam a folga para exagerar no bar e acabam cometendo crimes, que muitas vezes não deixam rastros. Geralmente os problemas acontecem em bairros pobres, onde as pessoas têm medo de falar por temer represálias", explica.
Segundo Armstrong, para se definir os bairros com maior incidência de homicídios precisaria se atualizar planilhas, porém, os que registram problemas freqüentes são: Tatuquara, Sítio Cercado, Cidade Industrial, Cajuru e Parolim. "São lugares onde há moradias fora do contexto social da cidade, nos quais os moradores não têm suas necessidades básicas atendidas", lembra.
Sem emprego, casa e estudo fica tudo mais difícil. "Esse é um problema social, com muitas facetas que precisam ser encaradas por diversas instituições do estado, não somente pela polícia", alerta o delegado.
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