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Helsinque, Finlândia – A presidente da Finlândia, Tarja Halonen, declarou ontem que seu país apóia a candidatura brasileira a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Num brinde oferecido à comitiva brasileira pelos acordos bilaterais assinados, ela brincou ao afirmar que a bebida, de aparência semelhante a um champagne e servida em taças, era sem álcool. E completou, dirigindo-se ao presidente Lula: "Vamos deixar o álcool para os automóveis".

No encontro entre as duas comitivas, os líderes trataram de desenvolvimento sustentável, cooperação energética, pesquisa e economia. Tarja Halonen, que esteve em visita oficial ao Brasil em 2003, comentou as negociações comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). Disse que seu país tem alguns pontos divergentes do Brasil, mas defendeu um desfecho rápido e prático, sobretudo no que envolve o Mercosul e a União Européia.

Durante a cerimônia de encerramento do seminário sobre oportunidades de investimentos no Brasil, Lula convocou empresários filandeses a investirem ainda mais no país. "Já temos mais de 40 empresas finlandesas atuando no Brasil. Podemos aumentar nossos negócios, que rendem quase US$ 1 bilhão na balança comercial."

Ele citou como exemplo bem-sucedido a atuação da empresa Nokia, com uma unidade na Zona Franca de Manaus e um centro de tecnologia em Brasília, na produção de telefones celulares. "Os empresários finlandeses já descobriram o Brasil. Falta aos brasileiros descobrirem a Finlândia, sobretudo a Petrobrás."

Crise nos EUA

Lula comentou ontem a crise do mercado financeiro norte-americano. Ele atacou os especuladores. "É um problema da política econômica dos Estados Unidos, da ganância de alguns fundos de investimentos que quiseram comprar títulos de risco imaginando que estavam num cassino e tiveram prejuízos. E nós não aceitaremos que joguem nas nossas costas os prejuízos de um jogo (do qual) não participamos."

Esta é a primeira vez que um presidente brasileiro visita a Finlândia. Hoje, a comitiva brasileira segue para a Suécia. Dinamarca e Noruega também estão no roteiro. A última escala da viagem, que termina na próxima segunda-feira é a Espanha. O tema das conversas gira em torno do desenvolvimento sustentável, da mudança climática, da cooperação em pesquisa tecnológica e biocombustíveis.

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