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Os rótulos de alimentos devem trazer princi­palmente informações como prazo de validade e tabela nutricional | Antônio More/ Gazeta do Povo
Os rótulos de alimentos devem trazer princi­palmente informações como prazo de validade e tabela nutricional| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Leitura obrigatória

Veja informações importantes a serem verificadas no rótulo:

Valor energético

Total de calorias do produto, somando-se carboidratos, proteínas e gorduras. São esses componentes que se transformam em energia para o corpo realizar suas funções vitais.

Gorduras trans

Gordura formada por meio do processo de hidrogenização, presente em alimentos industrializados como margarinas, biscoitos e salgadinhos. Por elevar o colesterol, não se deve consumir mais que dois gramas por dia.

Sódio

Presente no sal de cozinha e em alimentos industrializados, deve ser consumido com moderação. Seu consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial, elevando o risco de doenças como hipertensão arterial e diabete.

Glúten

Substância encontrada no trigo, aveia, cevada, malte, centeio e seus derivados, não deve ser consumida por quem tem doença celíaca. Por isso, é obrigatório constar na embalagem se o produto contém ou não glúten.

Sacarose

Nada mais é do que o açúcar comum. As embalagens dos alimentos devem informar se o produto contém ou não sacarose, visto que pessoas portadoras de diabete não podem consumi-la.

Lactose

É o açúcar presente no leite e seus derivados. Sua presença deve ser alertada no rótulo porque existem pessoas com intolerância à lactose, que podem ter problemas de saúde caso venham a ingeri-la.

Diet, light e zero

Alimentos diet têm retirado um componente nutricional, mas sem redução de calorias. Os light contam com menor valor energético. Já os zero não têm calorias, porém, não apresentam redução de gorduras e sais.

Corantes

Substâncias usadas para dar cor aos alimentos industrializados. Seu consumo pode causar alergias respiratórias ou cutâneas. Um desses corantes é a cochonilha, praga das lavouras que vira corante natural.

Validade

O prazo de validade deve estar presente de forma visível e clara na embalagem. No caso de alimentos que exijam condições especiais para conservação, deve ser indicado o melhor local de armazenamento e o vencimento correspondente.

Origem

O nome e o endereço do fabricante devem estar indicados na embalagem do produto. A maioria das indústrias disponibiliza o telefone e o e-mail do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), para eventuais dúvidas, críticas ou sugestões.

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As informações presentes nas embalagens dos produtos são claras? O que precisaria melhorar?

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Saber o que se pretende consumir é o primeiro passo na compra de qualquer produto. Justamente por isso as leis brasileiras exigem que os rótulos de alimentos, materiais de higiene e limpeza, artefatos eletroeletrônicos e tantos outros produtos contenham uma série de informações. O que seria algo lógico e natural, contudo, muitas vezes não é seguido pelo consumidor. Isso nem sempre acontece por indisposição de quem está comprando, mas por causa do desconhecimento do significado de tantos termos e números que preenchem as embalagens nos supermercados.

A legislação brasileira é bastante exigente no que diz respeito às informações obrigatórias nos rótulos dos produtos. No caso de alimentos, além de dados básicos como quantidade, composição, validade e identificação do fabricante, é obrigatória a presença da tabela nutricional, com os valores de alguns componentes e o porcentual de consumo diário. Produtos de higiene e limpeza devem informar precauções e cuidados em caso de acidente, e os cosméticos precisam advertir sobre cuidados especiais no seu uso.

Evite o excesso

Para Ana Cristina Miguez, nutricionista e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a leitura dos rótulos é fundamental para saber que tipo de alimento a pessoa está consumindo. "Tudo o que está no rótulo é importante. Em relação aos nutrientes, há componentes que não devem ser consumidos em excesso, por isso deve-se observar a quantidade presente no produto e o valor diário a ser consumido", explica, citando como exemplo o sódio e as gorduras, que se ingeridos em excesso podem causar problemas de saúde.

Há aqueles componentes que exigem cuidado ainda maior, como o glúten, que não pode ser consumido por portadores de doença celíaca; a sacarose, vetada para diabéticos; e a lactose, para pessoas que têm intolerância a esse tipo de açúcar. Nesses casos, o fabricante tem a obrigação de informar na embalagem se o elemento está presente no produto ou não. "O consumidor ainda não tem o hábito de ver o rótulo, até pela dificuldade de ler letras pequenas. Às vezes, ele vai na confiança e acaba tendo problemas", diz Ana Cristina.

A supervisora de atendimento do Procon do Paraná, Viviane Assis, atenta para outro item importante nas embalagens: o prazo de validade. "Se a pessoa for ver somente em casa que o produto está vencido, fica mais difícil comprovar que o estabelecimento vendeu nessas condições. E nisso ela terá um desgaste maior até conseguir efetuar a troca", ressalta. De todo modo, lembra que se o consumidor sofrer algum dano pela má qualidade do produto ou pela omissão de algum componente, ele deve procurar o Procon e acionar os responsáveis.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) avalia as condições técnicas de quase 200 produtos dos mais variados tipos, como brinquedos, cadeiras plásticas, extintores e caixas de fósforo. Paulo Coscarelli, diretor substituto do Inmetro, lembra que a certificação do órgão não tira a responsabilidade do fabricante pela qualidade do produto. "Por isso, é importante que o produto seja comprado em um ponto legal e que o consumidor sempre guarde a nota fiscal, caso seja necessária a troca", alerta.

Garantia

Selos certificam qualidade dos mais diversos produtos

Nos últimos anos, o consumidor ganhou alguns aliados importantes na hora de escolher seus produtos em lojas e supermercados. Institutos de qualidade, órgãos governamentais e não governamentais lançaram uma gama de selos e certificações, que ao aparecerem nas embalagens, reforçam a confiança de que aquilo que está sendo consumido é de qualidade.

O mais conhecido de todos é o selo do Inmetro, presente em 188 produtos das mais variadas espécies. Em 154 deles, a avaliação do órgão é obrigatória para que o produto seja lançado no mercado. O diretor substituto do Inmetro, Paulo Coscarelli, explica que os materiais são submetidos a uma bateria de testes até que se comprove sua qualidade. "O selo do Inmetro é a evidência de que o produto passou por uma avaliação de conformidade, submetido a várias provas técnicas", frisa.

Sem agrotóxico

No campo da alimentação, existe a possibilidade de o consumidor identificar os produtos orgânicos, aqueles cultivados sem o uso de agrotóxicos. A certificação é feita por um selo ou então pela declaração de cadastro do produtor orgânico familiar. Já os chamados transgênicos, organismos geneticamente modificados, devem ser identificados com um símbolo com a letra T quando estiverem presentes em pelo menos 1% da composição do produto.

Existem ainda os selos criados por entidades associativas, a fim de assegurar a qualidade de produtos específicos. São os casos do café, com o selo de pureza da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic); do macarrão, certificado pela Associação Brasileira das Indústrias de Massas (Abima); e dos brinquedos, conferidos pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

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