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Em oito vistorias feitas em revendedoras e distribuidoras de gás nas últimas 48 horas, a equipe que fiscaliza o comércio e o armazenamento de gás em Curitiba encontrou irregularidades em todas. Três estabelecimentos foram fechados pelos fiscais, dos quais um era clandestino. O grupo, composto por técnicos da prefeitura e do Corpo de Bombeiros, passou a contar com o apoio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo o secretário executivo da Comdec, Renê Witek, das oito fiscalizações, uma ocorreu por denúncia. "As outras foram aleatórias. Em todas elas encontramos alguma irregularidade, seja pela falta de alvará ou de autorização da ANP. Embargamos e multamos três e as outras cinco foram autuadas e devem ser regularizadas dentro de um prazo estipulado", explica.

A intenção da equipe é vistoriar os 880 estabelecimentos licenciados para trabalhar na capital e também as revendedores denunciadas como clandestinas. "Não há como prever quanto tempo vamos despender. Temos a necessidade de fazer isso por causa da segurança dos moradores vizinhos aos estabelecimentos. Vai demorar um pouco, mas é necessário", comenta Witek.

Os fiscais estão analisando as condições e capacidade para o armazenamento dos produtos, instalações elétricas no local, vazamentos e distâncias entre área de acomodação de botijões e residências. Os comerciantes devem apresentar ainda o alvará de funcionamento, o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros e o projeto de prevenção de incêndios.

As assessorias da prefeitura e a dos bombeiros explicam que as fiscalizações nunca deixaram de ser feitas, mas a pedido do Ministério Público elas foram intensificadas após a explosão e o incêndio ocorridos em uma distribuidora de gás, nas Mercês, que ontem completou uma semana.

O delegado do 3.° Distrito Policial, Carlos Alberto Castanheiro, instaurou inquérito na última sexta-feira para investigar o caso. "A partir de agora temos 30 dias para concluir o processo. Estou aguardando os laudos do Corpo de Bombeiros e da Criminalística para saber o que aconteceu no dia", explica. A hipótese mais provável é de que houve um vazamento de gás. Além disso, a distribuidora armazenava mais botijões do que o permitido.

Serviço: Denúncias de irregularidades em revendedoras de gás podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros (193), prefeitura (156), Ministério Público (41-3250-4000) e Agência Nacional do Petróleo (0800-970-0267).

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