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Foz do Iguaçu – Sem condições de oferecer atendimento adequado à população, dois postos de saúde de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, tiveram alguns serviços temporariamente suspensos pelos fiscais da Vigilância Sanitária. Os prédios onde funcionam as unidades, que são alugados pela prefeitura, apresentam problemas estruturais e não dispõem de espaço adequado para todos os procedimentos ofertados aos usuários.

"Foram feitas várias notificações. Agora, os serviços permanecerão suspensos até que se possa oferecer condições de atendimento. Estes problemas nos dois postos são antigos, de mais de dez anos e, calculando os riscos, concluímos que esta situação não poderia continuar", justificou o chefe da divisão de Vigilância Sanitária, Carlos Santi.

Em um deles, que atende cerca de 15 mil moradores da região do Jardim América, próximo ao Centro da cidade, foram interditadas, na quinta-feira, as salas de curativo e aplicação de vacinas (que funcionavam juntas inadequadamente), de esterilização, inalação e odontologia. Sem manutenção, o prédio sofre com a infiltração da água da chuva e as paredes estão quase todas mofadas. Outros espaços, improvisados no final do corredor, não têm janelas ou qualquer sistema de ventilação.

Como explica a enfermeira Carmen Caron, o posto vinha funcionando irregularmente para atender a demanda que cresceu nos últimos anos. Apesar da necessidade de ampliação, a estrutura não chegou a receber as melhorias na mesma velocidade e começou a apresentar os sinais de sobrecarga. "Mudamos para cá há cerca de sete anos e com o tempo a unidade passou a oferecer mais serviços, como o de odontologia. Informamos a Secretaria de Saúde, mas não chegamos a ser atendidos, tendo de adaptar o que tínhamos", diz ela, que é a responsável pela unidade.

Cada um dos cinco médicos (dois clínicos gerais, dois ginecologistas e um pediatra) fazem 16 consultas por dia e a psicóloga atende oito pacientes. "A comunidade precisa muito do serviço, mas o atendimento tem que ser de qualidade. Se o posto fechar, vamos ter muitos problemas. Tem que melhorar", comentou a coordenadora do Conselho Local de Saúde, Maria Aparecida Veloso. "Há mais de dez anos estamos pedindo um posto novo, mas até agora nada. Como o prédio é alugado, não tem como ampliar."

A pedido da direção da unidade do Jardim América, ontem à tarde, os técnicos da Vigilância desinterditaram as salas para que sejam feitas as adequações possíveis. Por enquanto, as salas receberão uma nova pintura e o ar-condicionado da sala de odontologia, queimado há cerca de um ano, será substituído por um aparelho novo. Os serviços de inalação, curativo e esterilização de instrumentos, que precisam funcionar em espaços distintos e sem qualquer risco de contaminação, serão transferidos para o Pronto-Atendimento Municipal, na Avenida Paraná.

Procurada pela equipe de reportagem durante toda a tarde de ontem, a secretária municipal de Saúde, Lisete Palma de Lima, não atendeu as ligações.

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