Brasília Uma fita de vídeo apreendida ontem pela polícia legislativa do Congresso Nacional não deixa dúvidas: a invasão da Câmara pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) foi cuidadosamente planejada e premeditada.
As imagens em poder dos investigadores sugerem táticas de guerrilha.
No vídeo amador, feito pelo próprio MLST, líderes do movimento se referem, em duas reuniões feitas na segunda-feira, ao Salão Verde da Câmara como salão de "baile" e de "festa".
Os militantes tratam ainda a ocupação da Câmara como a "festa", usando senhas próprias dos movimentos clandestinos.
Em nenhum momento da 1h20 de gravação os militantes do MLST se mostram preocupados com retaliações ou prisão pela invasão de prédio público.
Pelo contrário: chegam a dizer que, uma vez dentro da Câmara, só sairão "quando e como quiserem". Bruno Maranhão, coordenador do Movimento e da invasão ao Congresso, não aparece na fita de vídeo, que será usada como prova no inquérito contra os cerca de 500 manifestantes que invadiram e depredaram as dependências da Câmara.
Os participantes do quebra-quebra negam que tenham participado de uma ação planejada. Nos depoimentos tomados até o momento, todos alegaram que planejavam participar de uma manifestação pacífica e que teriam reagido a uma suposta ação violenta da polícia legislativa.
A informação é do delegado-chefe da 2.ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, em Brasília, Antônio Coelho.
O coordenador do MLST Bruno Maranhão declarou à polícia que não estava presente no momento da depredação e que, quando chegou, tentou acalmar os ânimos.
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