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Os delegados Stênio Souza e Marcelo Bórsio, da PF, informaram que outras prisões podem ocorrer a qualquer momento | Alexandra Martins / Jornal de Brasília
Os delegados Stênio Souza e Marcelo Bórsio, da PF, informaram que outras prisões podem ocorrer a qualquer momento| Foto: Alexandra Martins / Jornal de Brasília

Projeto cria cadastro online de pedófilos

O Senado analisa um projeto que propõe a criação de um banco de dados online de pedófilos condenados, com nome, foto, data de nascimento e endereço residencial, do trabalho ou do local de estudo.

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A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante 21 pessoas acusadas de abuso sexual de crianças, exploração pornográfica e difusão de pedofilia pela internet durante a Operação Tapete Persa, deflagrada ontem em nove estados e no Distrito Federal. Entre as vítimas de abusos registrados nas imagens apreendidas, há desde bebês de 6 meses a meninos e meninas de todas as idades.

O número de prisões é recorde em operações desse tipo. Entre os presos há adultos de diversas profissões e classes sociais, incluindo quatro idosos com mais de 60 anos, um coronel da Polícia Militar (cujo estado onde a prisão ocorreu não foi divulgado) e até um menor de idade, encaminhado a uma instituição tutelar para adoção de medida socioeducativa.

As ações alcançaram 54 cidades, nas quais foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão de computadores, DVDs e mídias diversas contendo pornografia infantil. Mais da metade das prisões e um terço das buscas foram cumpridas em São Paulo e em 14 cidades do interior paulista.

No Paraná, dois homens foram detidos acusados de posse de material pornográfico infantil. Uma deles tem 65 anos e mora em Curitiba. O outro, de 34 anos, foi detido em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste. Os demais estados abrangidos pela operação foram Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Ceará e Alagoas.

Investigação

Coordenada pela Divisão de Direitos Humanos da PF, a operação foi desencadeada em diversos países, com a cooperação da Interpol e da Polícia Criminal de Baden-Wurttenberg, na Ale­manha, onde a investigação teve origem há dois anos. Foi a maior operação global contra a pedofilia. Atingiu diretamente, num mesmo dia, cerca de 30 países com usuários de pornografia infantil.

Apesar do grande número de detenções, a PF não considera os dados positivos. "É um marco negativo. Gostaríamos que tivessem menos prisões, ou que não tivessem prisões, porque isso indicaria que as pessoas não praticam esse crime", lamenta o chefe do Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet da PF (Gecop), delegado Stênio Santos Souza.

Nas perícias feitas em computadores a PF constatou que alguns acusados, além de compartilhar as imagens, também abusam de crianças. "Cerca de 30% dos presos também são abusadores", revela o delegado Marcelo Bórsio, do Gecop. As penas para os envolvidos com pedofilia podem chegar a 15 anos de prisão.

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