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Um incêndio destruiu quase completamente o acervo do pintor e escultor Hélio Oiticica, um dos maiores artistas plásticos brasileiros da década de 50. O fogo atingiu 90% das obras que estavam guardadas na casa da família do artista, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo um irmão de Oiticica, prejuízo pode chegar a US$ 200 milhões.

Segundo informações do site G1, o incêndio ocorreu em uma sala do primeiro andar, justamente onde ficavam guardadas as esculturas, pinturas e instalações do revolucionário artista, considerado um dos fundadores do neoconcretismo.

Os parentes estavam no andar de cima quando sentiram um forte cheiro de fumaça. "Arrombei a porta para sair a fumaça e a gente entrar e ver o que era, mas já era tarde demais. Já estava pegando fogo em tudo", disse o irmão. CDs e arquivos de computador que estavam em um outro escritório não foram atingidos pelas chamas. A família não tem ideia do que provocou o fogo, pois sala tem controle de umidade e temperatura.

O Artista

Hélio Oiticica é um dos mais importantes artistas brasileiros das décadas de 50 em diante. Participou do movimento neoconcretista ao lado de nomes como Lígia Clarke, Amílcar de Castro e Ferreira Gullar.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1937, Oiticica fez parte de seus estudos e teve obras expostas em âmbito internacional. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os parangolés (espécie de capas coloridas, arte para ser vestida) e penetráveis (instalações). É autor da conhecida frase "Seja marginal, seja herói", que escreveu em uma bandeira sobre a foto de um traficante morto publicada em um jornal carioca em 1968, durante a ditadura, e foi um dos grandes inspiradores do movimento tropicalista com sua obra Tropicália.

Em 1981, um ano após a sua morte – em 22 de março de 1980 –, foi criado no Rio de Janeiro o Projeto Hélio Oiticica, para preservar a obra do artista. A Secretaria municipal de Cultura do Rio criou o Centro de Artes Hélio Oiticica em 1996.

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