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Com Marta Suplicy instalada na Esplanada dos Ministérios, petistas e aliados começam a se movimentar para a eleição paulistana do ano que vem. Dado seu peso na capital, é consenso que a ex-prefeita será pressionada a concorrer, mas quase todos apostam que, se a vitrine do Turismo lhe oferecer as condições, ela tenderá a esperar por um vôo mais alto em 2010.

Caso Marta fique fora da cédula em 2008, Arlindo Chinaglia desponta como o mais viável plano B do PT. Curiosamente, esse cenário poderia reproduzir a recente disputa pela presidência da Câmara, pois o "bloquinho" formado por PSB, PDT e PC do B ensaia lançar Aldo Rebelo se Marta estiver fora de cena.

Estraga-prazer – Também fatores externos devem pesar na decisão de Marta. A eventual candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), fresco da eleição presidencial e historicamente bem votado na cidade, ajudaria a desestimulá-la a concorrer, dizem aliados. Assim como Alckmin, para quem uma segunda derrota consecutiva seria desastrosa, prefere disputar sem a sombra de Marta a ameaçá-lo. Ou você, ou eu – Quanto a 2010, há quem enxergue um entendimento tácito entre Marta e José Serra: se ele sair para presidente, ela sai para governadora; se ele buscar a reeleição, ela tenta o Planalto. Sob protesto – O plácido Luiz Dulci, secretário-geral da Presidência, esperneou a valer antes de se resignar com a transferência da Secom – e com ela o controle das verbas de publicidade – para o guarda-chuva de Franklin Martins, futuro ministro da área de comunicação do governo. Tenho dito – Em uma das conversas que teve no Planalto para definir suas atribuições, Martins chegou a dizer que havia sido chamado para trabalhar, não para brigar. Estado crítico – A relação entre as ministras Dilma Rousseff (Casa Civil) e Marina Silva (Meio Ambiente) não tem mais como piorar. Garfada – Segundo cálculo concluído na sexta-feira pela assessoria técnica da bancada do PSDB, a revisão do Produto Interno Bruto para cima, recém-anunciada pelo IBGE, implica em um déficit de R$ 4 bilhões nos recursos destinados pelo governo à saúde, constitucionalmente vinculados à variação nominal do PIB. Os tucanos vão abrir a semana martelando essa tecla na tribuna da Câmara.

Pato laqueado – A agenda do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), à qual um colega curioso teve acesso, registra para a próxima quarta-feira um jantar em companhia de Fernando Collor (PTB-AL) e do jornalista Cláudio Humberto, que foi porta-voz no governo do ex-presidente. Elástico – Comentário da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), diante da abundância de pedidos de colegas do PFL e do PSDB para a inclusão de obras do PAC em suas bases eleitorais: "Os oposicionistas defendem o Estado mínimo, desde que ele seja máximo em seus estados". Soletrando – E segue a novela para rebatizar o PFL. Em resposta a consulta informal dos dirigentes, Marco Aurélio Mello opinou que a denominação "Democratas", que o partido pretende adotar, soa estranha. O presidente do TSE aconselhou-os a optar pela fórmula abreviada DEM. De mudança 1 – Arlindo Chinaglia (PT-SP) planeja tirar da gaveta um antigo projeto que transfere o gabinete da presidência da Câmara para o espaço onde hoje funciona o comitê de imprensa. Em seu atual e amplo gabinete passaria a funcionar a Corregedoria, agora a cargo do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que há mais de uma década não sai da Mesa Diretora. De mudança 2 – Argumenta-se que assim seria recuperado o projeto original de Oscar Niemeyer. Mas governistas apontam uma outra vantagem: com a transferência de seu gabinete, Chinaglia terá acesso exclusivo ao plenário. Ficará dispensado de cruzar o Salão Verde, onde os jornalistas o abordam.

TIROTEIO

Do deputado Chico alencar (PSol-RJ) sobre seu colega petista que defendeu que uma parte da verba de gabinete não precise mais ser justificada, sob o argumento de que seria "desagradável" aumentar valores em notas fiscais para pedir reembolso.

– Talvez a convivência com Marcos Valério tenha feito o bom Virgílio Guimarães considerar que o ilícito é apenas desagradável.

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