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A cúpula do PMDB, Michel Temer à frente, espera que Odílio Balbinotti perceba que sua indicação para a pasta da Agricultura tornou-se insustentável e tome a iniciativa de comunicar a Lula e ao partido, nas próximas horas, que abre mão da vaga. "Ele não chega ministro até segunda-feira, o prazo dado por Lula", sentencia um peemedebista atento aos desdobramentos das denúncias envolvendo o deputado. Na sexta, o PMDB estava ciente de que o fim de semana traria mais munição contra Balbinotti. O partido teme ser confrontado com a cena de um dos funcionários em nome dos quais o deputado tomou empréstimo no Banco do Brasil chorando diante de uma câmera de TV. Quer vê-lo pelas costas antes disso.

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WWW – Pergunta bem-humorada de um dirigente petista diante da encrenca Odílio Balbinotti: "Vem cá, não dava para o governo pelo menos fazer uma pesquisa no Google antes de indicar o sujeito para o ministério?". Veja você – Em conversa recente com um governador aliado, Lula observou que o PT, tão cheio de apetite em outras áreas, não demonstra o menor interesse por cargos nas pastas criadas para cuidar de causas historicamente ligadas à sigla, como as secretarias de Igualdade Racial e de Política para as Mulheres.

Estica-e-puxa – Para agüentar o tranco de tantas responsabilidades na Casa Civil, a ministra Dilma Rousseff resolveu alongar e reforçar a musculatura. Tornou-se uma praticante de Pilates. Exuberância – Vitaminado pelas boas relações de Lula com o governador Sérgio Cabral, o PMDB do Rio de Janeiro espera acomodar na administração federal mais dois de seus representantes: Luiz Paulo Conde em Furnas e Moreira Franco em um dos braços da Petrobrás. Trégua – Convencidos de que infelizmente terão de permanecer sob o mesmo teto, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o ministro do partido, Walfrido dos Mares Guia, resolveram dar um tempo na troca de tiros. Uma coisa assim meio Michel Temer-Renan Calheiros.

De saída – Pego de surpresa com a discussão sobre a TV do Executivo, o presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, deve deixar o cargo tão logo concluída a reforma ministerial. No mercado – O nome de Bucci, recém-eleito conselheiro da Fundação Padre Anchieta, chegou a ser cogitado para comandar a FPA, que administra a TV Cultura de São Paulo. Mas não vai rolar. O governo do estado ainda procura alguém para o posto. Pré-requisito – Se Geraldo Alckmin quiser ser candidato em 2008, ninguém conseguirá impedi-lo, dado o "recall" da eleição de 2006. Mas, caso resolva fazê-lo sem costurar um bom acordo com Gilberto Kassab, o tucano enfrentará, além de Marta Suplicy, a máquina da prefeitura trabalhando contra ele. A relação Alckmin-Kassab é péssima. In pectore – Quem ouve César Maia rasgar elogios ao economista Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE, sai com a impressão de que o prefeito do Rio de Janeiro teve uma idéia a respeito de sua sucessão. Longo prazo – Embora o nome de Eduardo Campos (PSB) vira-e-mexe apareça nas especulações sobre 2010, amigos afirmam que, aos 41 anos, o plano de vôo do governador de Pernambuco é outro: ser vice de Lula em 2014 e cabeça de chapa em 2018. Em família – A Câmara prorrogou por três anos o contrato de concessão de sua rede de lanchonetes. A concessionária é sobrinha de Sebastião Buani, que deixou o restaurante da Câmara depois de revelar que pagava mensalinho a Severino Cavalcanti.

TIROTEIO

* Do senador Heráclito Fortes (PFL-PI) sobre Lula, que, ao anunciar a permanência de Fernando Haddad e a entrada de José Temporão no ministério, disse que com Educação e Saúde "não se brinca":

– Pela declaração do presidente, devemos entender que nas outras áreas do governo está todo mundo liberado para aprontar à vontade.

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