O Brasil sustenta um verdadeiro paradoxo quando o assunto é a comida. 72 milhões de pessoas – cerca de 40% da população – estão vulneráveis à fome em diferentes graus, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2006. Nem todos estão no mais alto grau de insegurança alimentar, mas toda essa parcela se preocupa com a falta de dinheiro para comprar comida, perdeu a qualidade de sua dieta ou ingeriu quantidade insuficiente de comida com frequência. O problema não ocorre por falhas na produção. O Brasil obtém 25,7% mais alimentos do que a sua população necessita.

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Estimativa da ONG Banco de Alimentos, sediada em São Paulo, mostra que 49 milhões das 140 milhões de toneladas produzidas todos os anos no Brasil se perdem desde a lavoura até o consumidor. Os motivos são vários. As falhas na colheita e os maus hábitos alimentares respondem por 40% desse índice, 15% se deve à indústria de processamento, 8% ao transporte e armazenamento e 1% ao varejo. De acordo com a ONG, o país joga no lixo 39 mil toneladas de alimentos por dia, o que poderia nutrir 19 milhões de pessoas todos os dias – 43% dos indigentes do país.

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