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O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, afirmou hoje que o Programa Fome Zero reduziu de forma significativa a pobreza e a insegurança alimentar no Brasil. Em discurso no Itamaraty, ele disse que o número de pessoas que passam fome no país caiu 28% em apenas quatro anos: de 16,6 milhões em 2000-2002 para 11,9 milhões em 2004-2009.

No contexto externo, Diouf lembrou que a FAO apoiou 51 países africanos com ações de desenvolvimento rural. Essa política demandou investimentos de US$ 26,7 bilhões. Ele também disse que até agora, 40 países africanos já prepararam programas de segurança alimentar. Esses projetos, financiados com seus próprios recursos e apoio de doadores, no valor de mais de US$ 2 bilhões, beneficiam mais de 20 milhões de pessoas.

Em seu discurso, o diretor-geral da FAO lembrou que o Brasil vem adotando políticas para o desenvolvimento agrícola. Ele estimou que os pequenos agricultores representam cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e produzem 70% do alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros.

Ele disse ainda que o Brasil e muitos países da África são parecidos do ponto de vista da agricultura. "Grande parte do Brasil tem condições climáticas e de solo semelhantes às encontradas em muitos países da África. Além disso, a maioria das principais lavouras de alimentos do Brasil também é importante na África."

Diouf afirmou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem capacidade para transferir para países africanos recursos genéticos do arroz, feijão, mandioca, sorgo e milho. Ele lembrou ainda que, para garantir a segurança alimentar, a agricultura africana precisa obter ganhos de crescimento significativo nos próximos 40 anos. "A população africana deve duplicar até 2050, chegando a 2 bilhões de habitantes, sendo 62% nas áreas urbanas."

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