Após os 215 homens da Força Nacional assumirem os presídios de Natal, foi descoberto nesta quarta-feira (18) um túnel no Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, na zona norte de Natal. O local já foi alvo de um motim na semana passada. O balanço da crise no sistema penitenciário do Estado aponta que em uma semana foram registradas rebeliões em 14 das 33 unidades prisionais do Estado.

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Ainda havia um motim ativo hoje na penitenciária de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta - principal unidade prisional do Estado. Pela manhã, os presos se revoltaram na Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, localizada no município de Nísia Floresta. A confusão começou por volta das 9h30 e durou cerca de duas horas para ser controlada.

Nessa penitenciária estão 400 presos. Segundo a direção, os detentos tentaram quebrar as grades que permitem o acesso de uma ala para outra. Na noite de terça-feira, a movimentação também contaminou áreas de detenção de jovens. Ocorreram rebeliões no Centro Educacional de Caicó (Ceduc), localizado a 280 quilômetros de Natal. É nesse local onde ficam os menores infratores. Na manhã de hoje, dois funcionários mantidos como reféns foram liberados. Outros motins ocorreram nas cadeias das cidades de Nova Cruz, Caraúbas e Mossoró. Com exceção de Caicó, a polícia controlou a situação rapidamente.

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A secretária Nacional de Segurança, Regina Mink, que está na capital potiguar, afirmou que a Força Nacional permanecerá “o tempo necessário” no Estado e só sairá quando o governador Robinson Faria (PSD) e a secretária de Segurança, Kalina Leite, decidirem. Mink observou que o trabalho da Força Nacional não é dentro dos presídios, mas admitiu a excepcionalidade causada pela situação de calamidade nas cadeias. Karina explicou que, no momento, os policiais estão trabalhando no “reconhecimento e planejamento” para iniciar efetivamente ações. Kalina Após essa etapa, agentes serão distribuídos pelos presídios estaduais.

A crise no sistema penitenciário também traz problemas na gestão. O diretor de pavilhão da penitenciária de Alcaçuz, Osvaldo Júnior Rossato, entregou o cargo hoje, acusando uma comissão de advogados da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte de incitar os presos à rebelião. A OAB nega.