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Barra Mansa (RJ) – Iniciada a Operação Divisa Integrada nas estradas que ligam o Rio e os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, a Força Nacional de Segurança atuará também nas rotas alternativas usadas por criminosos para transportar armas, drogas e carga roubada. Essas vias já são conhecidas pela Polícia Rodoviária Federal e pela Secretaria de Segurança Pública, que, agora, compartilham os dados com a tropa. O objetivo é pegar os criminosos de surpresa.

Hoje, 40 integrantes baseados em Barra Mansa, na Região do Médio Paraíba, não se deslocaram apenas à Via Dutra, que leva a São Paulo, mas também à RJ 155 (Barra Mansa–Angra dos Reis) e à RJ 157 (Barra Mansa–Bananal, em São Paulo).

Na operação, iniciada por volta das 15 horas e finalizada à noite, foram revistados automóveis e ônibus.

O patrulhamento das rotas alternativas foi montado porque se presume que os criminosos estejam cientes da presença da Força nas estradas maiores. Além disso, o comando se preocupa também em colocar os integrantes para atuar em horários diferentes a cada dia. "Estamos fazendo turnos alternados, para que não se saiba onde estamos", explicou o comandante da Força, coronel Aurélio Ferreira Rodrigues.

O delegado Victor Carvalho, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal, lembra que, apesar da utilização das vias vicinais, ainda são apreendidas grandes quantidades de drogas em pistas como as da Dutra.

Ele acredita que patrulhar as rotas alternativas é importante, porque a quantidade de veículos que por elas trafegam é muito menor, e a possibilidade de se conseguir interceptar bandidos é bem maior. Segundo Carvalho, o ponto de encontro com o receptador é, em geral, na chegada ao Rio. Depois, ele leva o carregamento até as favelas.

Subsecretário de Planejamento e Integração Operacional e coordenador da operação Divisa Integrada, o delegado Roberto Sá acredita que, nesses primeiros dias, não deverão ocorrer grandes apreensões. "Um aspecto importante da Operação Divisa Integrada não é o volume de drogas e armas apreendidas. E é natural que num primeiro momento não ocorram grandes apreensões pois pode haver um refluxo nas rotas do tráfico", afirmou. "O fundamental é montar uma barreira nas estradas para mostrar que o Estado está presente, fazendo uma ação de controle". A Força participa da operação Divisa Integrada, também integrada pela PM e órgãos estaduais e federais, com 170 militares.

Cerca de 200 integrantes também trazidos ao Rio continuam na capital e poderão ser convocados a qualquer momento para entrar em ação na região metropolitana ou mesmo reforçar o esquema nas divisas.

Eles poderão ser mobilizados para a Avenida Brasil, a Linha Vermelha e a Linha Amarela nos próximos dias.

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