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Cheia do Rio Madeira tem privado o Acre do acesso a alimentos e bens duráveis | Sérgio Vale/Ag. Notícias do Acre
Cheia do Rio Madeira tem privado o Acre do acesso a alimentos e bens duráveis| Foto: Sérgio Vale/Ag. Notícias do Acre

Emergência

Inundações levam o caos também aos estados de Rondônia e Amazonas

O governo federal autorizou nesta semana o repasse de R$ 5.266.446,75 ao estado de Rondônia, para ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento dos serviços essenciais por causa da cheia do Rio Madeira. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União. As informações são da Agência Brasil.

Mais de 2 mil famílias foram atingidas pela cheia e estão em abrigos de Porto Velho (RO) e outros distritos da região. Na mesma publicação a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu o estado de calamidade pública em Humaitá (AM).

O município, que fica na divisa com Rondônia, também sofre com as consequências da cheia do Madeira, porque o acesso por terra, pela BR-364, foi prejudicado, já que a rodovia está parcialmente alagada.

Também foi reconhecida situação de emergência nos municípios amazonenses de Guajará, Ipixuna e Lábrea, de Santa Terezinha, no Mato Grosso, Uauá, na Bahia, e Itariri, em São Paulo, todos atingidos por inundações.

Restrições

Por causa das inundações, no Acre o governo do estado restringiu o tráfego pela BR-364 durante a noite.

O governo do Acre vai usar mais um avião de carga para aumentar o transporte de alimentos entre sua capital, Rio Branco, e a de Rondônia, Porto Velho. Segundo o governador do Acre, Tião Viana, o estado já está há 15 dias em isolamento intermitente. As informações são da Agência Brasil.

"É a maior tragédia natural da região. Temos notícia de pessoas mortas na Bolívia. O Rio Madeira [cujo nível chegou hoje de manhã a 18,91 metros] nunca esteve neste nível, e o Acre tem sido privado do acesso a bens duráveis", disse o governador. Ele esteve ontem em Brasília participando de reuniões para discutir o abastecimento do estado e a situação do Rio Madeira.

O avião comercial fretado que passará a ser usado pelo governo tem capacidade para até 20 toneladas e vai se juntar aos três aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que já fazem o transporte de perecíveis para Rio Branco. Também estão sendo usados quatro caminhões do Exército com suspensão mais elevada para fazer o transporte das cargas nos trechos da BR-364 atingidos pelas águas do Rio Madeira.

Cuidado na estrada

Além deles, balsas saíram de Manaus transportando gás de cozinha e combustível até Rio Branco. Está prevista para a madrugada deste sábado a chegada da primeira balsa com carregamento de gás de cozinha, trazendo 450 toneladas para abastecimento de botijões. Outra balsa, com 5 milhões de litros de combustível, tem previsão de atracamento apenas no dia 14.

A BR-364 é monitorada constantemente pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nos pontos de correnteza, onde a água invade a pista. Para que os caminhões possam trafegar foi construído um novo atracadouro para as balsas na travessia do Rio Madeira na região do Rio Abunã. Segundo o governo do Acre, 65 carretas de diversas regiões do país transportando insumos para construção civil, alimentos perecíveis, combustível e gás de cozinha chegaram anteontem a Rio Branco.

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