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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem a criação de uma força-tarefa para investigar as denúncias feitas pelo Ministério Público sobre ações de integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O anúncio foi feito após uma reunião com a cúpula das polícias Militar e Civil, além das secretarias de Segurança Pú­blica e Adminis­tra­ção Pe­nitenciária.

O encontro teve como objetivo discutir as recentes ameaças do PCC reveladas por uma investigação do Ministério Público. Segundo Alckmin, policiais civis e militares, além de promotores, vão atuar 24 horas por dia no Centro Integrado de Inteligência em Segurança Pública para apurar as denúncias e rastrear as ligações telefônicas entre presos. A ideia também é investigar os policiais suspeitos de envolvimento com o crime organizado.

Promotores denunciaram 175 pessoas sob suspeita de formação de quadrilha e atuação no crime organizado. O Ministério Público ainda pediu o isolamento dos 35 integrantes do PCC no Regime Disciplinar Diferenciado. A Justiça, porém, negou a prisão de todos os denunciados e apenas dois criminosos foram isolados. A Promotoria recorreu da decisão.

Corrupção

Nos próximos meses, o Gaeco (grupo que investiga o crime organizado) deverá, juntamente com as corregedorias das polícias, apresentar denúncia contra policiais que, segundo o Ministério Público, foram flagrados em escutas ajudando ou extorquindo os criminosos.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse que pretende agilizar o processo para o afastamento de policiais envolvidos com o crime. "Na Polícia Civil existe uma via rápida para que policiais corruptos sejam afastados. Estamos trabalhando para que esta mesma rapidez seja aplicada na PM", afirmou.

Ao menos cem policiais foram afastados neste ano, acusados de participação e colaboração com facções criminosas.

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