Falta de participação da população e de consciência do policial são os principais obstáculos no combate à corrupção policial na avaliação das corregedorias das Polícias Civil e Militar. A reportagem solicitou entrevistas com os corregedores delegado Jairo Estorílio e coronel Arildo Dias, mas a assessoria de imprensa da Sesp informou que eles se pronunciariam apenas por e-mail, intermediado pela pasta.

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“(...) Este obstáculo tem sido vencido a cada dia, com a prestação de serviços à população de forma imparcial e justa, o que tem dado segurança para que o cidadão mantenha contato com a corregedoria e exponha seu problema”, afirma o texto enviado pelo órgão da PM.

Para as duas corregedorias, o governo do estado tem estruturado a corregedoria com equipamentos e efetivo suficientes. Além disso, o órgão da PM alega que foram criadas subcorregedorias em Londrina, Maringá e Cascavel. Há ainda planos para criar novas estruturas em Guarapuava e Ponta Grossa.

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Para a corregedoria da Polícia Civil, o obstáculo não está ligado à falta de denúncia da população, mas ao próprio agente da instituição. Segundo o texto, o principal empecilho para combater a corrupção policial é a dificuldade em conscientizar o policial civil de que deve prestar contas de suas ações em tempo integral. Na autoavaliação que faz, o órgão afirma ser independente mesmo dentro da estrutura do Departamento da Polícia Civil. Segundo o texto, não há subordinação da corregedoria com a direção da polícia.

Gaeco

As duas corregedorias afirmaram que as ações desencadeadas pelo Gaeco correm de forma conjunta com elas. Explicam ainda que uma das prioridades da atual gestão da pasta da Segurança Pública é o combate à corrupção policial. Os órgãos ainda ressaltam que policiais civis e militares das corregedorias fazem parte das equipes dos Gaecos em todo Paraná.