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No decorrer de suas vidas, estima-se que 99% das mulheres e 93% dos homens reclamem, nem que seja de vez em quando, de cefaléia, ou seja, dor de cabeça. Os dados são da Sociedade Brasileira de Cefaléia e atentam para um dos males mais comuns entre a população mundial. Os neurologistas são unânimes em afirmar que as piores dores de cabeça são as chamadas primárias, isto é, aquelas que não são sintomas de uma outra doença, mas sim a própria doença. Neste grupo estão a enxaqueca, a cefaléia do tipo tensional e a em salvas.

A mais comum delas é a do tipo tensional. Como o próprio nome diz, essa dor é decorrente de tensão muscular, especialmente na área da cabeça e ombros. Estresse, preocupação, ansiedade, insônia e depressão também podem desencadear as dores. A segunda colocada no ranking das dores de cabeça mais comuns é a enxaqueca. Com dores pulsáteis apenas de um lado da cabeça, as enxaquecas costumam vir associadas a náuseas, vômitos, diarréia, distúrbios visuais, comportamentais e do sono, fobia à luz e ao barulho.

Porém, de todas as dores de cabeça já diagnosticadas, a chamada cefaléia em salvas é apontada pelos médicos como a pior de todas. "As dores são tão fortes que por vezes se assemelham a fraturas ósseas", diz o mestre em cefaléias, Pedro Kovacks.

Crises

Imagine sentir dor de cabeça durante 23 dias no mês. Ou então, ter uma crise de dor tão forte a ponto de bater com a cabeça na parede e não sentir. Atentar contra a própria vida é, em muitos casos, uma realidade. Foi assim com Tatyane Gomes, 25 anos. Sofrendo de enxaqueca desde a infância, ela não resistiu às crises de dor de cabeça e, por três vezes, tentou se matar. "Era insuportável, não tinha como agüentar", relata.

Depois de muitos exames descobriu-se que ela tinha uma espécie de orifício no coração, chamado de foramen oval. "Ele permitia a passagem de algum fator que precipitava as crises de dor. Com sua obstrução, esperamos que a paciente fique livre de medicações", explica Kovacks. Em um procedimento por cateterismo, realizado no último dia cinco, no Instituto de Neurologia de Curitiba, médicos implantaram uma espécie de prótese no coração de Tatyane, que hoje diz não sentir mais dores. "Estou confiante de que daqui para frente vou ter uma vida normal." (ML)

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