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O Fórum Cível de Curitiba vai ser reaberto na próxima segunda-feira após um estudo do setor de engenharia civil da Universidade Federal do Paraná constatar que não há danos estruturais no edifício. Na última quarta-feira, as atividades no local foram suspensas porque funcionários relataram a ocorrência de tremores. Segundo o laudo da UFPR, os abalos podem ter ocorrido em função do tráfego de veículos na região e da construção de um complexo de prédios que está na fase de fundação.

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Miguel Kfouri Neto, havia determinado a suspensão das atividades para que uma análise terceirizada pudesse ser feita, embora já houvesse laudos do departamento de engenharia do TJ indicando a inexistência de riscos. O engenheiro Mauro Lacerda Santos Filho, da UFPR, argumenta que se houvesse algum risco já haveria indicativos de perigo, como a impossibilidade de fechar as janelas, quebra de vidros e paralisação do elevador, por exemplo.

Santos Filho afirma que havia uma preocupação em relação à capacidade do prédio de suportar a quantidade de papel existente no Fórum, que tem 11 andares e 21 varas com média de 8 mil processos cada. Segundo cálculos matemáticos, a edificação ainda suporta cerca de 30% do peso atual porque, apesar de ter sido construído em 1974, tem boa resistência estrutural.

O TJ vai iniciar um processo licitatório para fazer reparos no Fórum, que sofre com goteiras e vazamentos. A previsão é que as obras comecem em até 120 dias. Durante este período as varas funcionarão normalmente e a equipe da UFPR aproveitará as obras para fazer uma análise mais profunda da estrutura e determinar a vida útil do edifício, que para prédios públicos tem uma média de 100 anos.

Novo prédio

Apesar das obras de reparo, o TJ planeja mudar as instalações do Fórum Cível, que opera com a mesma estrutura de 30 anos atrás. Todos os dias passam pelo local cerca de 6 mil pessoas. A intenção do TJ é construir no terreno do Ahú um prédio para as varas cíveis no mesmo modelo do Tribunal Regional Eleitoral, que é uma construção modular, mais barata que as demais.

O diretor de engenharia do TJ, Cornelius Uhru, diz que a expectativa é que a obra esteja pronta até 2012. O novo Fórum Cível não ocuparia espaço do complexo judiciário – sem previsão de construção em função do alto custo de R$ 700 milhões – já que o terreno é amplo. O arquiteto responsável pelo TRE já cedeu os direitos autorais do projeto e com isso uma parte do processo licitatório poderá ser pulada, mas ainda não há estimativas de custo. O novo fórum deverá ter 30 varas, sete a mais que atualmente, e cerca de 20 mil metros quadrados.

Segundo o juiz diretor do Fórum Cível, João Luiz Manassés de Albuquerque Filho, não houve nenhum grande prejuízo com a suspensão das atividades durante os últimos três dias porque os prazos foram interrompidos. Audiências canceladas serão remarcadas pelos próprios juízes.

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