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Ministros do Turismo de sete países da América do Sul reúnem-se no próximo dia 26, no Rio de Janeiro, para firmar o compromisso de combater de forma integrada o turismo sexual envolvendo crianças e adolescentes.

A reunião ocorre durante o 2.º Fórum Mundial de Turismo para a Paz e Desenvolvimento Sustentável e um dos avanços no setor será a implantação conjunta de um código de conduta contra a exploração sexual infanto-juvenil. De julho a setembro, uma equipe do ministério brasileiro visitou autoridades e empresários desses países para apresentar as iniciativas brasileiras e discutir uma agenda comum.

Esta é a primeira vez que autoridades de vários países da região se unem para enfrentar o assunto. A coordenadora do Comitê Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, Neide Castanha, vê isso como um avanço, mas o desafio é transformar esse conjunto de intenções em ações práticas. Para ela, empresas que são coniventes com a exploração sexual devem ser tratadas como empreendimentos criminosos. "O empresário que optar por esse caminho deve ser punido", diz.

Segundo a Embratur, os visitantes estrangeiros deixam cerca de US$ 2 bilhões por ano no Brasil. Esse mercado depende de medidas que garantam a preservação não só dos recursos naturais, mas também das pessoas. Empresários do setor estão sendo informados que, além de negar o direito de desenvolvimento saudável, a exploração sexual de crianças e adolescentes cria uma imagem ruim do destino turístico e afasta o visitante.

Não há números oficiais, mas estudo feito em 2004 pelo governo federal detectou a ocorrência de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes em 937 cidades brasileiras. A maior parte dos casos está no Nordeste (31,8%), seguida pelo Sudeste (25,7%), Sul (17,3%), Centro-Oeste (13,6%) e Norte (11,6%). De maio de 2003 a abril deste ano, o Disque-Denúncia da Subsecretaria Especial de Direitos Humanos (SDH), recebeu quase 10 mil registros de violência contra meninos e meninas. Destas, pelo menos 1.700 se referiam à exploração sexual infanto-juvenil.

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