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Brasília – A dois dias das eleições, a divulgação das fotos que seriam usadas na compra de um dossiê contra candidatos do PSDB provocou uma guerra entre integrantes da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Geraldo Alckmin.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, acusou o PSDB de estar por trás da divulgação de fotos do dinheiro apreendido com os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos. O dinheiro seria usado para a compra do dossiê contra candidatos tucanos.

Segundo o ministro, as fotos foram divulgadas ilegalmente por órgãos de imprensa uma vez que o processo para apurar a compra do dossiê corre em segredo de justiça.

"Certamente decorreu de algum tipo de articulação do PSDB com alguém da Polícia Federal que violou as normas processuais e fez essa exibição", criticou.

Na opinião de Tarso, a divulgação das fotos "é uma atitude típica de um desespero de articulação ilegal que terá boa resposta nas urnas".

Ele comparou a divulgação das fotos com a exibição de camisetas ligando o PT ao seqüestro do empresário Abílio Diniz, em 1989.

Ao comentar a frase dita pelo presidente Lula durante campanha em São Bernardo na quinta-feira à noite, de que "têm pessoas que não estavam querendo deixar os pobres votarem", o ministro afirmou que Lula quis passar a mensagem de que estão tentando implementar ações para "virar" as eleições.

O coordenador de campanha do PSDB, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), rebateu acusações do ministro. Segundo Guerra, "o ministro Tarso Genro, o presidente Lula e todos os aliados deles precisam explicar logo a origem desse dinheiro e não ficar insistindo em manobras para desviar a atenção do crime que os petistas cometeram."

"As palavras do ministro não têm nenhum fundamento. Nós, do PSDB, não trabalhamos com bandidos. Não temos malas-pretas. Não temos dinheiro nenhum para esconder", disse.

Em Fortaleza, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), comemorou a divulgação das fotos. "Se não der segundo turno vou ficar surpreso", afirmou o senador. Sobre as declarações de Tarso Genro, o tucano disse: "Nós não somos dados a essa prática. E eles têm de se preocupar de onde veio o dinheiro em vez de ficar fazendo gracinha".

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