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Empreendimento será feito na Vila Portes, em área pública | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Empreendimento será feito na Vila Portes, em área pública| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Cidade singular marcada pela presença de pelo menos 70 etnias e reconhecida por ser um ponto turístico de excelência, Foz do Iguaçu, situada na região trinacional do Brasil, Paraguai e Argentina, terá nos próximos anos um Mercado Municipal Público. O projeto arquitetônico já está concluído e agora a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), responsável pela iniciativa, trabalha na viabilização de recursos para construção.

Reivindicação antiga da comunidade, o mercado terá 24 mil metros quadrados, dois estacionamentos com 528 vagas e 128 lojas, distribuídas em dois pavimentos. O empreendimento será construído na Vila Portes, bairro vizinho ao Paraguai, em uma área cedida pela prefeitura onde hoje funciona o Departamento Municipal de Serviços e Manutenções (DRM).

A FPTI será responsável pela obra, implementação e gestão do mercado. Um termo de permissão de uso do imóvel foi aprovado pela Câmara de Vereadores autorizando a FPTI a utilizar o terreno. A concessão é de 30 anos.

O coordenador do projeto pela FPTI, João José Passini, diz que a obra está calculada em R$ 45 milhões. Os recursos, de natureza não-reembolsáveis, ou seja, doados, serão captados em diferentes ministérios do governo federal e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que apoia projeto de inclusão produtiva. A expectativa é de que a obra comece em meados de 2015 e seja concluída até 2017. O anteprojeto arquitetônico custou R$ 200 mil. Nos próximos cinco meses serão desenvolvidos os projetos executivo e complementares.

Espaços

O primeiro estudo voltado para definir o perfil comercial do mercado já está finalizado. Estão previstos açougues, peixarias, empórios, espaço de hortifrutigranjeiros, restaurantes e cafeterias.

A proposta é incentivar a comercialização de produtos, mercadorias e alimentos relacionados às nacionalidades marcantes da região, ou seja, libanesa, chinesa, coreana, paraguaia e argentina. Outro objetivo do mercado é valorizar os produtos típicos de agricultores da região e se tornar mais um atrativo para o turista que visita a cidade. "Queremos atender a população local com produtos de qualidade, regionais e criar um espaço de encontro para a comunidade com lazer, entretenimento e atividades artísticas. É um local de congraçamento", frisa.

Para o Secretário Mu­nicipal de Turismo, Jaime Nascimento, o mercado trará impacto positivo para a cidade principalmente em razão da riqueza cultural da região. "Em cidades menores normalmente não se vê mercados. Vamos ser quase uma exceção que se justifica pelo potencial turístico", afirma.

Os espaços serão ocupados a partir de licitação que será feita pela FPTI. Entre as requisitos a serem considerados estão o preço e a experiência técnica do empreendedor no setor que vai concorrer. O vencedor terá de pagar valor pelo espaço e participar do rateio de despesas, o que inclui segurança e limpeza.

O empreendimento deve gerar 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos e valorizar a Vila Portes, bairro que hoje concentra comércio de varejo.

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