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Casos de violência e tráfico contra a mulher migrante nos países da tríplice fronteira do Cone Sul Brasil, Paraguai e Argentina - serão tratados a partir desta quarta-feira (4), no Núcleo da Mulher, na Casa do Migrante e no Centro de Referência de Atendimento e Prevenção da Mulher em Situação de Violência, inaugurados esta tarde, em Foz do Iguaçu, pela ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM).

Os serviços farão parte de uma rede internacional de atenção para a mulher em situação de risco. Uma equipe multidisciplinar vai realizar um trabalho preventivo e educativo e prestar atendimentos como aconselhamento, atendimento psicossocial, acompanhamento jurídico, atividades de prevenção, qualificação profissional e articulação da rede local.

Segundo a Secretaria da Assistência Social de Foz do Iguaçu, Rosilene Link, é grande o número de mulheres na fronteira vítima do tráfico de drogas, violência, exploração sexual, embora não haja divulgação desses fatos. Dados da Casa do Migrante mostram a crescente demanda de mulheres por atendimento. Nos últimos quatro meses, 600 pessoas procuraram ajuda, sendo que 56,5% eram mulheres.

De acordo com a SPM, a parceria com as Secretarias de Mulheres da Argentina e do Paraguai, é um importante passo para identificar casos de violência e tráfico contra a mulher migrante e será fundamental no encaminhamento aos serviços de atendimento mulher. As representantes dos três países assinaram um memorando de entendimento para cooperação regional na tríplice fronteira, que buscará meios para minimizar o tráfico de mulheres na região.

A ação, segundo a SPM, inédita no mundo, é resultado da parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, através do Conselho Nacional de Imigração, Ministério das Relações Exteriores, prefeitura de Foz de Iguaçu e governos da Argentina e do Paraguai.

Antes das inaugurações, a ministra esteve na Hidrelétrica de Itaipu, participando do seminário Mulheres nos espaços de decisão e poder, que faz parte das programações da 18ª Assembleia Geral Ordinária do Comitê para as Questões de Gênero do Ministério de Minas e Energia.

Nilcéa disse que a desigualdade entre homens e mulheres, no Brasil, ainda é muito acentuada. E que embora venha conquistando espaço em vários setores, a representatividade feminina é pouco significativa na política. Na Câmara Federal e no Senado, a presença de mulheres gira entre 8,5% e 9%, mesmo que represente 52% do total da população brasileira.

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