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Favelas da cidade registraram alto índice de mortes violentas entre fevereiro e março | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Favelas da cidade registraram alto índice de mortes violentas entre fevereiro e março| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

164 pessoas morreram vítimas de latrocínio, homicídio ou em confronto com a polícia em Foz do Iguaçu ao longo de 2012. O ano mais violento na cidade foi 2006, com 303 casos de mortes violentas.

Depois de cinco anos de quedas consecutivas no número de homicídios em Foz do Iguaçu (Oeste do estado), a cidade fechou 2012 com um aumento de 22% em relação ao ano anterior. De acordo com o balanço divulgado ontem, 164 pessoas morreram vítimas de latrocínio, homicídio ou em confronto com a polícia na fronteira em 2012. Em 2011, foram 134.

Segundo o responsá­vel pela Delegacia de Ho­micídios da cidade, delegado Marcos Araguari, o aumento se deve a uma maior incidência de casos em dois períodos distintos do ano. Em dezembro, houve 11 registros em apenas uma semana. E, entre fevereiro e março, foram contabilizados 44 assassinatos, grande parte na região das favelas da Guarda Mirim e da Mosca, no centro da cidade.

"Não há ligação entre esses dois períodos críticos", comentou Araguari. Sobre os dois meses mais violentos, ele destaca que a maioria dos casos foi solucionada. "Constatamos que um mesmo grupo, provavelmente em razão da troca de liderança, cometeu vários crimes, entre eles alguns assassinatos. Ao longo do ano, quatro pessoas ligadas a esta onda de violência foram presas, o que garantiu certa tranquilidade."

Entre as vítimas, estão jovens com idade que varia de 18 a 30 anos, quase todos envolvidos com o contrabando de mercadorias trazidas do Paraguai e com o tráfico de drogas e de armas e munições. "Em uma região de fronteira como esta, é comum que pessoas no auge da fase economicamente ativa acabem se envolvendo com o ilícito. É o período da vida em que mais trabalham, seja para o bem ou para o mal", observou.

Ainda de acordo com o levantamento, 2006 foi o ano mais violento na fronteira, com 303 casos, deixando a cidade no topo do ranking nacional de cidades mais violentas por três anos. Em 2007, houve a primeira redução, com 294 registros, seguida da de 2008, com 205 assassinatos. Em 2009 e 2010 os dados se repetiram, com 172 homicídios em cada ano. A estimativa para 2013 é que o número de vítimas volte a cair e chegue a 150.

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