Mesmo depois de dois anos a 3,9 mil metros de profundidade no Oceano Atlântico, as caixas-pretas do voo AF-447 resistiram intactas. A notícia foi anunciada ontem pelo Escritório de Investigação e Análises para a Aviação Civil (BEA, na sigla em francês), órgão que apura as causas do acidente do Airbus que fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris em 31 de maio de 2009. De posse das informações eletrônicas do avião e dos diálogos dos pilotos, o BEA espera divulgar um relatório em até quatro meses. O acidente matou 228 pessoas.A recuperação dos dados do Flight Data Recorder (FDR), que agrega os dados eletrônicos da aeronave, e do Cockpit Voice Recorder (CVR), gravador dos diálogos entre a tripulação e sons da cabine, foi feita na semana passada. No fim de semana, foi feito um minucioso trabalho de abertura dos módulos, de extração dos cartões de memória e de limpeza e secagem dos microchips.
Do FDR foram extraídos 1,3 mil parâmetros eletrônicos, gravados ao longo das últimas 25 horas de funcionamento. Do CVR, as duas últimas horas de conversas e sons da cabine. "Os trabalhos devem durar várias semanas, ao fim das quais um relatório de etapa será redigido", disse o comunicado do BEA. O relatório deverá ser publicado "durante o verão" europeu, entre junho e setembro.
A extração dos dados foi filmada e gravada em áudio, diante de investigadores do Escritório Federal de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (BFU), da Alemanha; do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB), dos Estados Unidos; da Direção Geral de Investigação de Acidentes Aéreos, do Reino Unido; e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), do Brasil.
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