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Navio da Marinha brasileira: suspensas as buscas no Oceano Atlântico | Marinha fo Brasil/AFP
Navio da Marinha brasileira: suspensas as buscas no Oceano Atlântico| Foto: Marinha fo Brasil/AFP

Sepultamento

Corpo de engenheiro é enterrado

Folhapress

Rio de Janeiro - O corpo do engenheiro e gerente de qualidade da multinacional francesa de tubulações Saint-Gobain, Luiz Cláudio Monlevad, 48, um dos ocupantes do Airbus da Air France, foi enterrado por volta das 16 horas de ontem no cemitério municipal de Barra Mansa, no sul do estado do Rio de Janeiro. Familiares e amigos do engenheiro velaram o corpo em um caixão lacrado.

O corpo do engenheiro, conhecido como Luca, foi um dos 11 identificados até o momento pelo IML (Instituto Médico-Legal) de Recife (PE). Os outros 39 corpos já resgatados ainda passam por perícia. Quando há a confirmação da identidade, a família é avisada e recebe o corpo para o sepultamento.

Monlevad era casado e pai de dois filhos. Parentes da vítima disseram que o corpo foi embalsamado e transladado ontem para Barra Mansa. Ele morava com a família no bairro Santa Clara, no município.

Parentes do engenheiro afirmaram que não era a primeira vez que Monlevad viajava para Paris, onde ele faria uma ponte para Nancy. "Ele seguia para mais um evento da empresa", disse um familiar.

Paris - A Marinha da França negou ontem que tenha localizado os sinais sonoros emitidos pelas balizas presas às caixas-pretas do Airbus A330-200, que caiu no Oceano Atlântico no último dia 31, quando realizava o voo Air France 447, entre o Rio e Paris. O pronunciamento aconteceu porque uma reportagem do jornal Le Monde afirmou que os sinais sonoros dos equipamentos, rastreados por navios e submarinos, haviam sido identificados.

A informação foi divulgada com estardalhaço em Paris e distribuída para todo o mundo por agências de notícias. Segundo o texto, intitulado "Localizados os sinais das caixas-pretas do Airbus Rio-Paris", as embarcações que monitoram a região na qual teria acontecido o desastre teriam captado "um sinal muito fraco" que "poderia provir das caixas-pretas do avião".

Minutos depois, diferentes fontes do governo francês desmentiram a localização. "Foram detectados sinais sonoros, mas não há nada verificado até o momento, infelizmente", afirmou Philippe Guillemet, comandante do navio Pourquoi Pas?, que organiza as buscas. Porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas, Patrick Prazuck revelou que várias emissões de rádio similares às das balizas foram localizadas até o momento, mas nenhuma foi confirmada como sendo das caixas-pretas.

À tarde, o Escritório de Investigações e Análises para a Aviação Civil (BEA), órgão responsável pela apuração das causas do acidente, assegurou em comunicado oficial a continuidade dos trabalhos de buscas. "Nenhum sinal imanente das balizas acústicas dos gravadores de voo foi confirmado até hoje (terça-feira). Os trabalhos são regularmente realizados para levantar as dúvidas sobre os ruídos localizados."

A informação desencontrada gerou expectativa em Paris. As duas caixas-pretas – o Flight Data Recorder (FDR), que registra os parâmetros de voo, e o Cockpit Voice Recorder (CVR), que grava as conversas de som na cabine de pilotagem – são considerados instrumentos importantes, talvez cruciais, da investigação. "Nós todos tivemos uma esperança", reconheceu Dominique Bussereau, secretário de Transportes da França, em declaração ao parlamento francês. "Ainda temos alguns dias e vamos investir todos os meios possíveis para localizar as caixas-pretas."

A luta, agora, é contra o relógio. As balizas têm autonomia média de 30 dias para seguir emitindo as ondas de rádio que permitem identificá-las no fundo do oceano. Restam sete dias para o fim desse prazo.

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