São Paulo O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em entrevista à rádio CBN, que a corrupção só está mais aparente porque o governo está fiscalizando. Ao comentar em especial o caso da máfia das sanguessugas, Lula lembrou que a operação de superfaturamento de ambulâncias começou a ser desvendada por uma investigação da Polícia Federal.
Afirmou que como parte desse esforço para acabar com a corrupção o governo vem investindo no fortalecimento da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da República e ressaltou que já está em andamento uma transformação da máquina pública para assegurar uma maior eficiência no combate à corrupção.
O presidente destacou a necessidade de investigar sigilosamente esses crimes em um primeiro momento, para não "espantar as andorinhas". "Nós temos que fazer da forma que a polícia moderna faz. Fazer uma coisa sigilosamente para pegar a ninhada inteira. E ela está sendo pega", acrescentou.
Ainda durante a entrevista, Lula evitou confirmar se pretende ou não fazer a reforma da Previdência caso venha a ser reeleito nas próximas eleições. Durante a conversa, o presidente também afirmou que déficit da previdência é algo que foi programado no momento em que a Constituição de 1988 incluiu milhões de brasileiros no recebimento de benefícios. "O déficit brasileiro é um déficit do Estado brasileiro. É uma opção que a constituição de 1988 fez".
Mesmo assim, o presidente destacou esforços do governo federal para melhorar a eficiência do sistema previdenciário, como o recadastramento de beneficiários e a compra de 26 mil computadores para o INSS, e insistiu que a estratégia do governo de geração de empregos por si só será um fator importante para ajudar a amenizar o déficit previdenciário.
Lula também lançou sobre seus adversários políticos e "alguns governadores" a responsabilidade pela não conclusão da reforma tributária.
O presidente disse ter feito sua parte em 2003, quando conseguiu aprovar as mudanças relacionadas ao governo federal, apontou a necessidade de acabar com a pendência da redução de alíquotas de ICMS.
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