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Cinco municípios do Paraná estão na lista das 60 cidades citadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) com indícios de irregularidades na compra de ambulâncias. As aquisições das unidades de saúde em Doutor Ulisses, Juranda, Manoel Ribas, Ortigueira e Guaraniaçu são suspeitas de superfaturamento e do uso de subterfúgios para fraudar licitações. A investigação até agora não encontrou qualquer relação com a quadrilha da Operação Sanguessuga, na mira da Polícia Federal.

Dados do Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (SIAF) mostram o valor de recursos suspeitos direcionados a esses localidades, mas ainda não há provas de que os deputados federais autores das respectivas emendas tenham alguma relação com a corrupção.

Discurso

Procurados, os deputados negam qualquer trabalho de persuasão para que um prefeito escolha uma empresa ou outra de forma ilegal. "Nenhum prefeito foi procurado por mim para fazer maracutaia", reagiu o deputado federal paranaense Takayama (PMDB). "Eu disponibilizo os recursos e eles fazem a licitação como queiram", completa. Uma das emendas de Takayama repassou R$ 88 mil dos recursos federais para a compra de uma ambulância no início do ano passado em Juranda pelo prefeito Militino Malakoski (PMDB), cassado em dezembro de 2005 por compra de votos. O ex-deputado Basílio Vilani (PSDB), autor de uma emenda de R$ 64 mil para Guaraniaçu em 2001, também reforça a licitude das suas ações. "Desafio de alguém que consiga provar que eu tenha colocado dinheiro no bolso", declarou.

O deputado federal Oliveira Filho (PL), que facilitou dois repasses a Manoel Ribas em 2004, cada um no valor de R$ 80 mil, e mais dois volumes de verbas para outros municípios – de R$ 1,5 milhão e R$ 950 mil – disse acompanhar o processo apenas até a liberação das verbas. "Eu realmente fiz emendas, mas não posso dizer que houve irregularidades. Eu apenas indico a cidade ou a entidade, como uma Santa Casa, por exemplo. Cabe aí ao governo federal depositar para a prefeitura e a prefeitura pagar. Depois a fiscalização cabe ao Ministério Público ou Tribunal de Contas", disse.

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