Freiras triplicam distribuição de pílulas

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Guaratinguetá – Pobres, ricos, velhos e novos. Todos cabem na fila de espera para requisitar as famosas pílulas do Frei Galvão. Desde fevereiro, com o anúncio da canonização do santo em solo brasileiro a partir de milagres atribuídos à sua intercessão, as freiras da Ordem Concepcionista no Mosteiro da Luz, em São Paulo, quase não vencem a distribuição gratuita desses pequenos papelotes. "Aqui passamos a fazer de 10 mil a 15 mil pílulas por dia. Antes eram 3 mil", conta a Irmã Cláudia Hodecker, secretária do processo de canonização do santo. As pílulas também são feitas em Guaratinguetá e outros mosteiros da Ordem.

A história desse objeto de fé começou quando um rapaz que sofria com cálculos renais pediu ao franciscano uma bênção. O Frei escreveu então em um papel, em latim, uma oração – "Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta. Mãe de Deus, intercede por nós" – enrolou e deu para o jovem engolir. As pedras do rim foram expelidas e o rapaz ficou curado. Com o fato, outras pessoas começaram a pedir o mesmo ao franciscano.

A tradição das pílulas, ensinadas pelo Frei às freiras, persistiu depois da morte dele. O primeiro milagre aceito para sua beatificação foi a recuperação de Daniela Cristina da Silva após 26 dias de coma. O outro, responsável pela canonização, ocorreu com Sandra Grossi de Almeida. Depois de ingerir as pílulas ela venceu uma gravidez de alto risco desacreditada pelos médicos e conseguiu a cura de uma doença grave do recém-nascido. (DD)