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Moradores de rua são as principais vítimas do frio | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Moradores de rua são as principais vítimas do frio| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Solidariedade

A ajuda da comunidade e de empresas é sempre bem-vinda

A solidariedade nesta época do ano é importante para ajudar pessoas em situação de risco nas ruas, especialmente em razão do frio. Quem verificar alguma ocorrência pode ligar para o telefone 156, da prefeitura de Curitiba, e relatar o local onde as pessoas estão. Funcionários do município vão encaminhá-las a abrigos, desde que seja a vontade da pessoa.

A população também pode fazer mais. Desde o início da semana passada, a Fundação de Ação Social e o Instituto Pró-Cidadania (IPCC) estão arrecadando roupas, agasalhos e cobertores para a campanha Doe Calor 2014. Caixas de coleta estão posicionadas em redes de supermercados, escolas, unidades de saúde, faróis do saber, ruas da cidadania e em outros estabelecimentos comerciais e órgãos da prefeitura. Para saber mais sobre a campanha e conferir a lista dos postos de coleta acesse o site www.doecalor.com.br ou ligue para (41) 3350-3514.

Lojas e empresas, por sua vez, podem se tornar pontos de coleta ou adquirir cotas com o IPCC para a compra de cobertores. Com recursos próprios, o instituto já comprou 60 mil novos cobertores e 20 mil agasalhos com capuz. Nos primeiros dez dias de campanha, o IPCC distribuiu 2.520 cobertores em 11 locais, entre Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) das regionais e instituições conveniadas.

Bom exemplo

A empresa Electrolux, com sede no Paraná, promove desde 2011 uma gincana interna com os funcionários para a doação de roupas. Neste ano, o colaborador João Maria Machado já havia arrecadado mais de 5,8 mil peças antes mesmo do início da ação. Ao todo, 8 mil peças de roupa foram doadas até agora. Pelo desempenho, Machado foi convidado a participar do café da manhã de lançamento da campanha Doe Calor, que teve a participação do prefeito de Curitiba Gustavo Fruet.

A pouco mais de três semanas para o início do inverno, 11 cidades do Paraná bateram, ontem, o recorde de temperatura mais baixa do ano. Em Guarapuava, a mínima chegou a 2,8ºC, enquanto que em Curitiba bateu nos 8,9ºC – só para ficar em dois exemplos. Não por acaso, nessa época do ano as autoridades começam a se preocupar mais com a população que vive nas ruas dos grandes centros urbanos do estado.

Ontem mesmo, a prefeitura da capital iniciou a Operação Inverno, que amplia o número de vagas em abrigos e também as abordagens de sensibilização para convencer moradores de rua a não ficarem expostos ao frio. A Fundação de Ação Social (FAS) abriu mais 470 leitos próprios e conveniados, subindo de 780 para 1.250 o número de leitos disponíveis. Segundo o órgão, as vagas fixas estão quase sempre preenchidas em virtude da chegada do frio, quando a procura aumenta. Nas últimas duas noites, 40 novas vagas já foram ocupadas. Fora o pernoite, são servidas refeições de jantar e café da manhã.

Em Londrina, as vagas nos abrigos para população em situação de rua esgotaram. Além do frio, a falta de assistência em cidades vizinhas aumenta a dificuldade do município. "Estamos sempre no limite porque recebemos muita gente de fora. Novas vagas foram abertas e podemos até abrir outras, mas vamos ter sempre essa situação", diz a gerente de Serviço de Alta Complexidade de Proteção Social de Londrina, Cláudia Marcia Líbano Tavares.

De acordo com o Simepar, a previsão para os próximos dias é de frio, mas as temperaturas não devem baixar mais antes da nova estação. Segundo a FAS, as vagas podem ter outra ampliação caso se esgotem. A Operação Inverno deve durar até o fim de agosto ou até que as temperaturas voltem a subir.

Convênios

Uma das instituições conveniadas com a prefeitura de Curitiba é a Associação Padre João Ceconello, que dispõe de 45 vagas para pessoas em situação vulnerável (41 já preenchidas). "Nossa unidade atende pessoas com transtornos mentais que necessitam de cuidados diferenciados", explica a colaboradora Daniele Chambelame. A Toca de Assis é outro abrigo que ainda possui vagas – cinco de 20 lugares estão disponíveis.

Além dos convênios existem outras organizações que dão suporte ao trabalho do município. A Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de Curitiba não possui abrigo próprio, mas oferece ajuda aos necessitados. No ano passado, a entidade realizou abordagens noturnas e acolheu moradores de rua durante o pico de frio do último inverno, quando as temperaturas ficaram abaixo de zero.

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