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O frio espantou dos parques os curitibanos que optaram por ficar na cidade no feriado prolongado. Ontem, eram poucos os que ousaram sair de casa com a temperatura em torno de 15° C.

Quem se arriscou a ir aos parques tentava fugir do tédio de ficar dentro de casa. Como o universitário Rodrigo Lass, 26 anos. Mesmo com o pé esquerdo fraturado, Lass foi ao parque Barigüi acompanhar o treino de rugby de amigos. O estudante conta que a família se dividiu nos destinos: metade foi para a praia e metade para a fazenda. "Para matar o tempo, vim acompanhar o treino", argumenta, de muletas, na beira do gramado.

Mas quem realmente não gostou nada do frio foram os ambulantes que trabalham nos parques. Com o fraco movimento, o lucro foi mínimo. O pipoqueiro Claudinei Aparecido da Silva, 35, faturou apenas R$ 17,00 em quatro horas de trabalho. "No ano passado, por estar mais quente, estava bem melhor".

Pior para dona Hilda da Silva Ferreira, 72 anos, vendedora de sorvetes. Enquanto num dia de sol ela vende o equivalente a R$ 400, ontem tinha chegado ao valor de apenas R$ 40. Com porcentagem de 25% na venda, dona Hilda foi embora com apenas R$ 10 no bolso. "Mas não faz mal, não. Depois a gente recupera o prejuízo", anima-se a ambulante.

No parque Tanguá, um grupo de 12 senhoras da cidade de Itatiba (80 km de São Paulo) era o único de turistas. "Nem agasalho trouxe, porque não esperava esse frio. Mas mesmo assim está muito bom o passeio", afirma a dona de casa Elvira Tuon Pecorari, 61 anos.

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