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Curitiba – O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR) será a terceira via na disputa pela presidência da Câmara, dia 1.º de fevereiro. O nome de Fruet foi anunciado ontem pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e oficializado como o candidato do grupo de descontentes com os dois outros postulantes ao cargo – Aldo Rebelo (PC do B-SP), que luta pela reeleição, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), nome favorito do Palácio do Planalto.

Fruet passou o dia telefonando e conversando com deputados tucanos. Ligou também para os governadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Cássio Cunha Lima (PB). O objetivo foi conseguir forças para reverter a decisão do PSDB, tomada na semana passada, de apoiar a candidatura de Chinaglia. O deputado pretende nos próximos dias correr atrás de votos de parlamentares de outros partidos.

Em reunião realizada ontem com integrantes do PSDB, Fruet já havia indicado que poderia assumir a candidatura alternativa desde que o próprio partido estivesse unido em torno do seu nome. Com a pressão dos descontentes com a decisão do PSDB, o líder do partido Jutahy Júnior (BA) decidiu convocar para terça-feira uma nova reunião da bancada para definir se referendam ou não o apoio a Chinaglia. "Posso dizer que fui pressionado a aceitar, mas estabeleci que se não tiver o apoio do PSDB não serei candidato. A reunião do dia 23 vai definir a posição do partido", disse Fruet.

A escolha do tucano não agradou ao PSol, que também fazia parte do grupo a favor da terceira via. Mas o tucano ganhou a adesão do PPS.

O cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília, diz acreditar que a escolha de um terceiro nome para a disputa na Câmara pode levar o pleito para o segundo turno. "Mas não podemos esquecer que a Câmara é corporativa na hora da opção de votos. Os deputados não agem pelo interesse público e sim por interesses pessoais", disse.

Para Fruet, está em jogo nessa eleição que tipo de Câmara os novos deputados querem. "Há uma pressão da sociedade por mudanças. Por uma Câmara mais ética", afirmou Fruet. O tucano diz que, se eleito, defenderá a discussão de temas positivos para o Legislativo e para o país. "Quero debater o voto aberto, a restrição das medidas provisórias e as reformas tributária e política", disse.

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