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Curitiba tem se tornado uma grata opção de lazer e turismo para quem é avesso às folias de Momo. Sem tradição carnavalesca, a capital paranaense tem chamado a atenção de turistas que procuram sossego nessa época do ano. Segundo estimativas da Secretaria Municipal de Turismo, mesmo a cidade parecendo vazia, cerca de 30 mil turistas concentram-se principalmente nos parques e shopings, que ficam apenas com as praças de alimentação abertas ao público.

Só o Jardim Botânico chega a receber cerca de 1.500 pessoas por dia. Em feriados como o de Carnaval, o número pode triplicar. "Nós atraímos um perfil de turista diferenciado, mais intelectual, que procura tranqüilidade", diz o secretário municipal de Turismo, Luiz de Carvalho. Segundo ele, os preços das redes de hotéis também são um grande atrativo. "Nosso parque hoteleiro tem preços 30% mais barato que o resto do Brasil, nesta época do ano", diz.

Foi em busca do sossego que o casal de namorados Elizabeth de Moura, de 25 anos, e Leonardo da Silva, 23, saíram do Rio de Janeiro para Curitiba. Os dois professores aproveitaram o feriado para visitar a família e conhecer a cidade. Visitaram o Jardim Botânico e apesar das obras no local atrapalharem o passeio, gostaram do que viram. "Aqui é tudo tão organizado, vou trazer amigos na próxima vez", diz Elizabeth. "Estava mesmo procurando mais sossego este ano", competa Leonardo.

Um grupo de 35 turistas do Rio de Janeiro, de 13 a 84 anos, parecia bastante animado ontem à tarde no Jardim Botânico. "Todo mundo merece morar em Curitiba", opina a aposentada Maristela Aparecida de Freitas Toledo, 73. "É realmente uma cidade modelo", completa Olena Mateus, 68. Já a aposentada Wilma Gomes, 69, estava sentindo falta do carnaval. "Mas estou gostando mesmo assim".

O Parque Barigüi também recebeu um grande público, mas na sua maioria "turistas urbanos", ou seja, os próprios curitibanos. Um exemplo é o empresário Fernando Moutinho, 29, e sua companheira Cecília Roguski, 25. Levavam a filha, Maria Luísa, de um ano e meio, para um dia no parque. O estudante de Filosofia Gilson Brotto Claro, 26, também turista urbano, aproveitou a tranquilidade para ler um livro no Parque Tanguá. "Estava sem condições financeiras para viajar, resolvi relaxar um pouco".

Embora com as lojas fechadas, os shoppings permaneceram com os corredores cheios. Os turistas aproveitavam para olhar vitrines, fazer lanches e jogar nos fliperamas ou boliche. A empresária evangélica Sidnei Aparecida Pires Xavier, 53, e o marido, Odeval Aparecido Xanier, 53, vieram de Ubiratã (PR) para visitar a família e fugir um pouco da folia carnavalesca. "Estamos nos divertindo jogando boliche."

Obras

Como parte de um pacote de embelezamento da cidade para a conferência da ONU, em março, obras em alguns pontos turísticos atrapalharam os turistas. No Jardim Botânico a reforma atinge o sistema de irrigação, a estufa e os jardins. No zoológico serão implantados novos guarda-corpos, construídos novos banheiros e nova guarita. Já as obras da Ópera de Arame, que devem ser finalizadas até metade de março, impedem a visitação.

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