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Um levantamento da prefeitura de Ponta Grossa revela que, somente no setor de saúde, 144 funcionários estão afastados, o que corresponde a 24,36% do total de servidores licenciados na cidade. De acordo com o secretário de governo da prefeitura, Luiz Ruiter Cordeiro, os casos mais freqüentes são de estresse e depressão, até em função das atividades exercidas pelos funcionários.

Afastada do trabalho desde o início de outubro, a auxiliar de enfermagem J.R.C., que está na profissão há 16 anos, tenta se adaptar à fase. Ela está com depressão, toma vários medicamentos ao dia, evita sair de casa e não vê a hora de vencer o problema emocional para voltar a trabalhar. A auxiliar de enfermagem, que é concursada e trabalha num posto de saúde de Ponta Grossa, acredita que a rotina do trabalho contribuiu para a doença, mas acontecimentos da vida pessoal, como a morte de parentes próximos, agravaram a situação. "Tudo indica que vou voltar a trabalhar em fevereiro, mas vamos ver se eu conseguirei me manter trabalhando ou terei de ser afastada novamente."

A auxiliar de enfermagem L.F.G.P., do setor de urgência e emergência do Pronto Socorro Municipal, está afastada do trabalho desde dezembro de 2005, também por depressão. "Comecei a ter insônia, falta de apetite, idéias suicidas, muita irritabilidade e crises de choro", apontou. Com esses sintomas ela trabalhou cerca de dois meses antes de decidir procurar ajuda psiquiátrica. "Demorei a acreditar que estava com um problema porque sempre levei uma vida normal", considera. Casada e com um casal de filhos pequenos, L. acredita que seu estado emocional não está relacionado ao trabalho. "Eu gosto muito do que eu faço porque lido com todos os tipos de casos, mas não sei a causa da minha depressão", afirma. Ela faz tratamento médico e ainda não sabe quando poderá voltar a trabalhar. (MGS e TB)

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