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Mesmo com plano emergencial, ruas de Curitiba amanheceram com lixo acumulado nas calçadas | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Mesmo com plano emergencial, ruas de Curitiba amanheceram com lixo acumulado nas calçadas| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os trabalhadores da coleta de lixo de Curitiba rejeitaram, em assembleia realizada no fim da manhã desta quarta-feira (18), a proposta de reajuste salarial de 9,7% e aumento de 16,4% nos vales refeição e alimentação sugerida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR) na terça-feira (17). Com isso, a greve da categoria continua. Os trabalhadores pedem aumento de 20% nos salários e 30% nos vales alimentação e refeição. A Cavo, entretanto, oferece 9% de aumento nos vencimentos e 10% sobre os vales.

Segundo Manassés de Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), a decisão judicial que determinou a volta de 40% dos funcionários da Cavo ao trabalho na limpeza pública de Curitiba foi entregue apenas no fim da manhã de hoje. Agora, de acordo com ele, o sindicato aguarda que a Cavo e a prefeitura apresentem as novas escalas de trabalho para cumprir a determinação.

  • Mesmo com plano emergencial, Curitiba amanheceu com lixo espalhado pelas ruas
  • Trabalhadores estão reunidos para assembleia que será realizada na esquina da Rua João Negrão com a Avenida Getúlio Vargas
  • Assembleia para decidir sobre sugestão do Ministério Público do Trabalho de 9% de reajuste salarial começa às 11 horas

A decisão do retorno de parte do contingente foi tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) na tarde da última terça-feira (17). No despacho, havia a determinação para retorno imediato dos trabalhadores por se tratar de serviço essencial. A multa pelo descumprimento é de R$ 20 mil por dia.

O pedido foi feito pela Cavo após o anúncio de greve geral dos trabalhadores, que foi deflagrada na manhã de terça. O secretário municipal de Meio Ambiente Renato Lima informou que havia solicitado um mínimo de 60% de trabalhadores, mas o atendido pela Justiça foi um percentual menor.

Sem o retorno do porcentual mínimo, as ruas de diversos bairros de Curitiba amanheceram com lixo acumulado. No centro, há sacos de lixo espalhados pelas calçadas de diversas ruas, principalmente na Marechal Deodoro e XV de Novembro. A região do Terminal do Guadalupe também está tomada por lixo. Por dia, as equipes da Cavo recolhem 2,5 mil toneladas de lixo em Curitiba. Esse volume se refere aos dejetos de residências, comércios, indústrias e também àqueles recolhidos pelas equipes de varrição.

Em bairros como o Santa Cândida as ruas estavam limpas por volta das 11 horas. Esse foi um dos bairros atendidos nesta quarta-feira pelo plano emergencial da prefeitura. Ao todo, quarenta caminhões passarão recolhendo o lixo alternadamente em alguns bairros da cidade. Na terça-feira, foram atendidos Xaxim, Sítio Cercado, Pinheirinho, Alto Boqueirão e Capão da Imbuia. Nesta quarta, além do Santa Cândida, foi a vez de Abranches, Barreirinha, Cachoeira e Pilarzinho.

Também há coletores em terminais de ônibus para que a população leve seu lixo. Mas o município orientou que as pessoas não coloquem lixo nas calçadas durante a greve.

Além do acúmulo de lixo, a greve dos funcionários da Cavo gera bloqueio parcial na Getúlio Vargas, entre a João Negrão e a Conselheiro Laurindo. Desta forma, quem vem da Getúlio Vargas precisa fazer um desvio para chegar à região da rodoferroviária.

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