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Em assembléia realizada no início da tarde desta segunda-feira (20), os servidores do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) no Distrito Federal decidiram continuar a greve iniciada no último dia 6. Além do DF, a paralisação segue no Rio Grande do Norte e no Paraná.

Na tarde de terça-feira(21) será realizada nova reunião, dessa vez com representantes do governo, para definir uma agenda de negociações, afirma o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton da Costa.

A manutenção da greve contraria decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada, que orientava os servidores a voltarem hoje ao trabalho, sob pena de multa à Condsef de R$ 50 mil por dia de paralisação.

A decisão do STJ foi tomada após análise de liminar requerida pelo governo pedindo a suspensão do movimento. Nesta segunda-feira a confederação entrou com ação contestando a liminar. Os funcionários do Dnit entraram em greve porque a Medida Provisória 411/2008, em andamento no Senado, não possui alguns itens que, segundo o secretário da Condsef, foram acordados entre a categoria e o governo.

Um dos itens ausente na medida provisória, segundo a Condsef, é a aproximação das tabelas salariais de diferentes setores do Dnit, sendo que um setor teve aumento maior que os outros. Em todo o país, cerca de 98% dos funcionários do departamento aderiram à paralisação, de acordo com Josemilton da Costa.

A determinação para que a greve fosse suspensa foi do ministro da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, Jorge Mussi. Ele alega que a paralisação foi declarada antes de a Condsef esgotar todas as possibilidades de negociação. O ministro também afirmou que a confederação realizou um contato com parlamentares para propor emendas ao texto da medida provisória, e reuniu-se uma vez com o governo, sem aguardar as respostas aos questionamentos feitos.

O representante dos trabalhadores, entretanto, afirma que está tentando "há meses" marcar uma reunião para dar prosseguimento às negociações.

Jorge Mussi afirmou que, devido à greve, alguns serviços essenciais, como a pesagem de cargas, estavam paralisados, e haveria prejuízo financeiro e à população por causa da interrupção de obras de manutenção das estradas.

Segundo a Condsef ainda não há informações sobre a continuidade da greve em todos os estados, mas, além do DF, a paralisação segue no Rio Grande do Norte e no Paraná.

A assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento informou que o órgão, até o momento, não está se manifestando sobre o assunto.

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