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Funcionários dos Correios de Curitiba e região metropolitana realizaram uma manifestação, na manhã desta quarta-feira (25), na sede da empresa no bairro Rebouças, em Curitiba. Cerca de 100 funcionários dos Correios protestaram contra os baixos salários e a terceirização de trabalhadores na empresa. A manifestação foi realizada das 11h30 às 12h30, na esquina da Rua João Negrão com a Avenida Iguaçu.

Segundo o diretor de finanças do Sintcom-PR (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná), Sebastião Cruz, a manifestação também serviu para fazer o lançamento nacional da campanha salarial da categoria. "Essa manifestação é para mostrar para a diretoria da empresa a situação dos baixos salários dos trabalhadores. A falta de funcionários nos Correios também é um absurdo", denunciou o diretor do sindicato.

De acordo com Cruz, a manifestação não afetou o trânsito na Rua João Negrão. "Participaram do protesto carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo, que fazem a separação das cartas e pacotes nos Correios. São os trabalhadores que exercem a função braçal feita dentro das empresas. As pessoas não vêem o trabalho desses funcionários", explicou Cruz.

Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, a manifestação desta quarta-feira não afetou em nada o atendimento à população. A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi recebida na terça-feira (24) pelos Correios e uma comissão nacional está analisando a proposta da categoria.

A data base da empresa é em agosto e a campanha salarial está apenas no início, segundo a assessoria dos Correios. A categoria reivindica uma reposição salarial da ordem de 47,77%, índice equivalente às perdas salariais acumuladas pela categoria desde 1994. Os trabalhadores também exigem um aumento real linear de R$ 200. "Esse aumento é para beneficiar os funcionários que têm os mais baixos salários", afirmou o diretor de finanças do Sintcom-PR. Atualmente, um carteiro em início de carreira recebe um salário bruto de R$ 500. A categoria reivindica um piso salarial de R$ 1.089,48. Segundo o Sintcom-PR, a ampliação do aluguel de veículos e o leilão de carros próprios da empresa no Paraná também geram preocupação.

"Está provado que o aluguel de veículos, assim como a terceirização de mão-de-obra, só beneficia as empresas que exploram esse negócio. Além de prejudicar o trabalhador, a terceirização faz diminuir a qualidade dos serviços prestados à população", afirmou Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do sindicato.

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