• Carregando...

Funcionários do Colégio Estadual Leôncio Correia, no bairro Bacacheri, em Curitiba, realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (15) em frente ao colégio. Eles afirmam que são apenas 8 funcionários de serviços gerais para cuidar de cerca de 20 mil metros quadrados de área construída. As aulas não foram prejudicadas, pois os professores trabalharam normalmente.

Funcionários de outras escolas próximas ao Colégio Leôncio Correia também participaram da manifestação. "Esse problema de falta de funcionários existe no estado inteiro, mas têm algumas escolas que não têm como trabalhar com esse número mínimo de funcionários", disse Tereza Lemos, que é professora no Colégio Leôncio Correia e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) núcleo Curitiba norte.

Tereza afirma que são 67 turmas e cerca de 2.100 alunos no Leôncio Correia e apenas 8 funcionários de serviços gerais para trabalhar. Alguns são chamados para trabalhar à noite, depois de já terem cumprido expediente durante o dia. "Além de eles terem que limpar as salas, banheiros e laboratórios precisam cuidar dos alunos quando eles ficam no pátio. É pouca gente para fazer muito trabalho. A situação está terrível", disse.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) enviou uma nota, na tarde desta segunda, informando que o Leôncio Correia tem 8 auxiliares de serviços gerais no turno da manhã, 15 no turno da tarde e 7 à noite. De acordo com a Seed, está comprovada a falta de um auxiliar nos turnos da manhã e da noite, porque os servidores estão afastados para tratamento de saúde. No entanto, as providências para a reposição dos funcionários estariam sendo tomadas pela Secretaria.

O Sindicato reivindica ainda que o governo estadual dê posse para mais de 3 mil pessoas que já realizaram concurso e foram aprovados no estado inteiro. "Alguns já foram aprovados em exames médicos e estão só esperando a nomeação. Além disso, queremos que o governador abra mais 2.500 vagas. Ainda assim a demanda de trabalho será maior. No estado inteiro são 23 mil funcionários para cuidar de 1,5 milhão de alunos em mais de 2 mil escolas. A carência de funcionários é muito grande", definiu a professora Tereza.

De acordo com a Seed, as etapas legais para a contratação dos cerca de 3,3 mil aprovados no último concurso estão em andamento e os selecionados estão sendo submetidos a exames médicos para assumir as funções. A Secretaria acrescentou que determinou um novo processo de seleção para a contratação de mais funcionários para a função de auxiliar de serviços gerais, porque os remanescentes da última seleção não atenderam ao chamamento. Segundo o comunicado emitido pela pasta, o número significativo de servidores em licença e o crescimento no número de matrículas fizeram com que a demanda por auxiliares crescesse.

Paralisação

Na terça-feira (16), será a vez dos professores da rede estadual protestarem no estado inteiro. Está prevista uma paralisação de 24 horas para reivindicar aumento salarial no estado e também acompanhar uma manifestação nacional, que será realizada no mesmo dia, para que seja implantado o piso nacional da categoria.

Segundo Tereza Lemos, os alunos da rede estadual já foram dispensados das aulas na terça-feira (16). A categoria quer um reajuste salarial de 25,97%. Isso representaria a equiparação do salário inicial dos professores com o salário inicial das demais categorias do ensino superior do estado, segundo o sindicato.

Os professores também pedem melhores condições de saúde para os funcionários da educação estadual e a posse de professores e funcionários aprovados nos últimos concursos públicos feitos no estado. O APP-Sindicato afirma que existem 5 mil servidores que ainda não tomaram posse e que podem substituir os contratos temporários.

A concentração dos professores começará às 9 horas de terça-feira (16) na Praça Santos Andrade, com caminhada até o Palácio das Araucárias, no Centro Cívico. "Vamos ter uma reunião com o governo estadual para expormos nossas reivindicações", disse Tereza Lemos. No dia 27 de março, o sindicato fará uma avaliação de como estão as negociações e serão definidos os rumos do movimento.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]