O incêndio que destruiu o laboratório de répteis do Instituto Butantan um dos maiores acervos de cobras para pesquisa no mundo foi considerado criminoso pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. A promotora Eliana Passarelli considerou que houve "negligência e imperícia" no acidente, ocorrido em maio do ano passado. "Os responsáveis não respeitaram os princípios mais básicos de segurança", disse.
No inquérito, foram responsabilizados cinco funcionários: Otávio Mercadante, ex-diretor do instituto; Ricardo Braga de Souza, diretor administrativo; Selma Maria de Almeida Santos, pesquisadora; Carlos Almeida Correia, responsável pela divisão de engenharia; e Otávio Augusto Marques, diretor do laboratório de ecologia. Segundo a promotora, eles serão responsabilizados por incêndio culposo quando não há intenção de causá-lo. Para Passarelli, os funcionários assumiram o risco de incêndio ao não tomar medidas básicas de segurança e permitir práticas perigosas, como manter uma alta quantidade de material inflamável próxima a fontes de energia.
Além disso, a administração fez uma obra no prédio mesmo sem alvará da prefeitura, construindo um mezanino de madeira para abrigar animais vivos, que morreram no incêndio.
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