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Nenê Constantino: duas prisões | José Cruz/ABr
Nenê Constantino: duas prisões| Foto: José Cruz/ABr

O empresário Nenê Constantino, 79 anos, um dos sócios-fundadores da Gol Linhas Aéreas, foi preso por volta das 23 horas de quarta-feira, em Brasília, e levado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada do Distrito Federal (DPE-DF). Ele é acusado de encomendar a morte de um homem, em 2001, e ser o mandante de uma tentativa de homicídio contra o próprio genro, Eduardo de Queiroz Alvez, em 2008.

A prisão preventiva de Constantino foi confirmada, na manhã de ontem, pela Direção-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal. O mandado de prisão foi expedido na quarta-feira pelo juiz Fábio Martins, do Tribunal do Júri de Taguatinga, cidade-satélite do DF. Além do empresário, o ex-policial militar José Humberto de Oliveira Cruz também foi preso anteontem. Ele é acusado de ser o executor da tentativa de assassinato. Oliveira teria sido expulso da corporação por má conduta.

O inquérito policial sobre o caso é relatado pela Coordenação de Repressão a Crimes Contra a Vida (Corvida) do DF. De acordo com o que foi apurado nas investigações, Alvez dirigia seu veículo, no dia 5 de junho de 2008, em Brasília, quando um homem desconhecido, que se encontrava nas proximidades, aproximou-se do carro em movimento e, a um metro de distância, disparou quatro tiros. A vítima não chegou a ser atingida.

Constantino foi transferido ontem para o Hospital do Coração, em Brasília, para fazer exames. A defesa do empresário conseguiu que ele fosse submetido à avaliação médica. Caso a saúde dele seja considerada boa, ele voltará para a Penitenciária da Papuda, o maior presídio do DF. O advogado Marcelo Bessa também adiantou que iria protocolar na Justiça um pedido de liberdade. A defesa vai evocar pelo menos dois argumentos: a elevada idade do empresário e seu estado de saúde.

Essa é a segunda prisão do fundador da Gol em menos de dois anos. No ano passado, Constantino foi detido, em São Paulo, sob a acusação de ter armado e ser o mandante do assassinato de Márcio Leonardo de Souza Brito, envolvido em brigas pro terra em Taguatinga. Brito liderava um grupo de 30 famílias que ocupavam um terreno ao lado de uma das empresas de Constantino. O empresário nega as acusações.

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