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A audácia de ladrões de instalações elétricas tem feito com que ruas, viadutos e praças de Curitiba fiquem às escuras. O último local saqueado foi a Praça Afonso Botelho – a praça do Atlético, na Água Verde. Em menos de uma semana, a fiação do local foi levada duas vezes – um quilômetro de fios de cobre foi furtado. Nem mesmo a presença da 2.ª Companhia do 13.º Batalhão da Polícia Militar (PM) na praça atrapalhou a ação dos bandidos.

Cerca de 13% do orçamento da prefeitura destinado à iluminação de áreas públicas acaba revertido na recuperação de locais depredados. Em um ano, isso representa aproximadamente R$ 400 mil, valor aproximado do orçamento mensal gasto nos 77 bairros da capital. "O que mais pesa nesse orçamento são os cabos furtados. Ao invés de arrumarmos outros lugares, temos de repor o que levam", afirma o diretor de Iluminação Pública da prefeitura, Ivan Luiz Alves Martins.

A prefeitura recebe pelo menos uma notificação de furto de fios elétricos por semana. Na quarta-feira, havia sido registrado que a Praça do Atlético estava sem luz. Ao checar a informação, constatou-se que os cabos foram levados. Na sexta-feira, 500 metros de fios foram repostos. "Colocamos à tarde e no sábado de manhã o zelador viu que já tinham levado", conta o funcionário da prefeitura Oséas Martins Feliciano. Desta vez, os saqueadores cavocaram a terra até encontrar a fiação.

Trinta postes que deveriam iluminar a praça e as quadras de esportes estão apagados. E assim devem ficar por mais oito dias. Engenheiros analisam alternativas que inibam a ação dos ladrões, como chumbar caixas de luz, fazer instalações aéreas ou concretar a fiação. "O problema é que quando se faz isso (concretar) perde-se todo aquele trecho de fio caso precise fazer alguma troca", explica Martins. Desde as vésperas do ano-novo – quando dois quilômetros em cabos de luz foram levados dos viadutos do Capanema e da Rua Victor Ferreira do Amaral – a prefeitura acumula prejuízo de R$ 37,5 mil.

Módulo

Na Praça do Atlético, a cerca de 150 metros de onde os ladrões retiraram a fiação, está instalada uma unidade da PM. Durante a madrugada, provável horário em que os cabos foram levados, geralmente um policial está de plantão. Quem está dentro do módulo não tem um ângulo de visão de toda a praça. De acordo com o major Douglas Sabatini Dabul, chefe do setor de planejamento e operações do Comando do Policiamento da Capital (CPC), a equipe da companhia tem orientação de ficar a postos para receber quaisquer notificações no local. "Os policiais não saem para fazer patrulhamento", comenta.

O major adianta que policiais à paisana começarão a percorrer praças para identificar os autores dos furtos e acionar. Ele ainda pede à população que ligue para o número 190 e relate ações suspeitas.

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