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Prédio do Red Bull Basement, em São Paulo, será palco de um festival de criação e tecnologia colaborativa  neste fim d e semana. Na foto, um dos espaços do local, batizado de makerspace, uma sala que possui equipamentos de última geração. | Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool
Prédio do Red Bull Basement, em São Paulo, será palco de um festival de criação e tecnologia colaborativa neste fim d e semana. Na foto, um dos espaços do local, batizado de makerspace, uma sala que possui equipamentos de última geração.| Foto: Felipe Gabriel/Red Bull Content Pool

Desde a última segunda-feira (15), parte dos orelhões de São Paulo estão “hackeados”. Ao ligar de um dos milhares de orelhões da cidade para um 0800, o sistema criado pela agência de publicidade LDC cruza informações abertas de localização daquele orelhão da Anatel com os dados de transporte público da SPtrans, transformando tudo isso em voz e informando o usuário do outro lado da linha – mesmo aquele que não possui um smatphone – sobre o ponto de ônibus mais próximo e também sobre quando o próximo veículo passará por ali. A ação faz parte da estratégia de divulgação da segunda edição do Festival Red Bull Basement, evento de tecnologia e criatividade colaborativas que acontecerá neste próximo sábado (20), em São Paulo.

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A ideia da LDC partiu do conceito de cidade de dados abertos e se inspirou no projeto LinkNYC, de Nova York (EUA), onde o Sidewalk Labs, laboratório de soluções urbanas que pertence à mesma dona do Google, a Alphabet, está substituindo os antigos orelhões por totens de informação e wi-fi . Segundo a assessoria do Red Bull Basement, ainda não se sabe por quanto tempo os orelhões “hackeados” funcionarão, mas essa não deve ser a única “ideia maluca” a sair de lá.

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O evento ocorrerá na Red Bull Station, prédio da Praça da Bandeira que era uma antiga estação de energia em São Paulo e que foi transformado em um espaço de discussão cultural e urbana com o apoio da Red Bull. Além do evento, o local abriga um programa de residência de projetos, uma espécie de aceleradora informal de startups e ideias afins. Desde o início do último mês de agosto, os responsáveis por cinco projetos selecionados ocupam o markerspace, sala que possui equipamentos de última geração, como uma cortadora a laser, uma fresadora CNC e impressoras 3D, dentro da Red Bull Station e que estão recebendo a orientação de mentores para desenvolverem seus projetos (saiba mais sobre esses projetos).

O designer Andrei Speridião, da Questto/Nó, é um dos mentores da residência do Red Bull Basement e conta que as pessoas que têm participado da iniciativa têm, em sua maioria, entre 20 e 35 anos, vêm de diferentes áreas e têm uma característica em comum: “todas possuem uma energia interna, são bastante ativas e têm um desejo de fazer a diferença”.

Ele e os outros mentores voluntários do Red Bull Basement são profissionais com experiência de mercado interessados em estar em um ambiente de troca de ideias. Segundo Speridião, o programa de residência ajuda a manter uma circulação de pessoas e ideias, mas não é a única fonte de transformação urbana da iniciativa. “O Festival é o pontapé inicial para trazer as pessoas para cá. Um amigo leva o outro e as pessoas vão se conhecendo”, conta ele.

O tema desta segunda edição do Red Bull Basement é “Reprogramando a Cidade”. Os destaques da programação são a palestra “Cidades Abertas”, com Heloísa Neves (WeFab), Ricardo Ruiz (InCity) e Tomás Vivanco (Fab Lab de Santiago - Chile); a mesa sobre “Prototipagem na Prática”, que abordará a riqueza do ecossistema de fabricação chinês; e a apresentação de abertura, ministrada pelo diretor de pesquisa da Waag Society, em Amsterdam, Frank Kresin.

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A agenda do festival terá ainda a participação dos representantes dos cinco projetos da residência do Red Bull Basement. Eles mostrarão aos visitantes protótipos das suas pesquisas, com propostas que vão de um mobiliário urbano interativo para unir pessoas e iluminar a cidade a salas infláveis para uso livre em espaços públicos. Os residentes estarão no local para explicar o conceito por trás de cada ideia e mostrar, na prática, como anda o desenvolvimento dos projetos.

Red Bull - Smart Orelhões from LDC on Vimeo.

A programação completa do Festival Red Bull Basement, que acontece neste sábado (20), em São Paulo, está no hotsite da iniciativa: http://bit.ly/2b1YrBj . A participação é gratuita e não é necessário de inscrever com antecedência.

Conheça um pouco dos projetos “residentes” do Red Bull Basement

Além do Festival, o Red Bull Basement tem também um programa de residência de projetos que está em sua segunda edição. Desde o início do último mês de agosto, os responsáveis por cinco projetos ocupam o markerspace da iniciativa (espaço físico de criatividade que possui equipamentos de última geração, como uma cortadora a laser, uma fresadora CNC e impressoras 3D) e estão recebendo a orientação de mentores para desenvolverem seus projetos. Tudo tem que deslanchar, ou seja, ganhar um primeiro passo, até o início de outubro, quando o período de residência e mentoria termina. Conheça um pouco dos projetos:

Moskito Livre

Kit de dispositivos que usam tecnologia livre e de baixo custo para combater o mosquito da dengue em dois estágios: na criação de ovos em água parada (gerando sua oxigenação) e no uso de repente eletrônico vestível (prevenindo picadas). Samanta Gimenez Fluture, de São Caetano do Sul (SP). Autoria: Samanta Gimenez Fluture, de São Caetano do Sul-SP.

Balanços InterAfetivos

O projeto consiste em um mobiliário urbano interativo para unir pessoas e iluminar a cidade. Os objetos são balanços que se acendem quando as pessoas sentam sobre eles ou tocam em outras pessoas, enquanto sentadas. Além de usarem baixa quantidade de energia para iluminar os espaços, eles movimentam corpos e afetos, tirando a sociedade da zona de conforto e trazendo a discussão da empatia, da ausência e presença do corpo na cidade. Autoria: Giovanna Casimiro e Lina Lopes, de São Paulo.

Sala bolha

As salas bolhas são ambientes infláveis a serem montados em espaços públicos para serem utilizados como espaço para reuniões, aulas, palestras e afins por qualquer pessoa com tal demanda. Autoria: Ricardo Coelho Almeida, de Belo Horizonte-MG.

Pluvi.On

Plataforma aberta/open source que disponibiliza informações meteorológicas hiperlocais e usa inteligência artificial para gerar insights tanto para a população (risco de enchentes/ duração da chuva) como para os negócios da cidade (vários setores são impactados por essa informação, como seguradoras, construção civil, varejo, agricultura, etc.). Autoria: Diogo Tolezano Pires e Pedro Luiz Godoy Filho, de São Paulo.

Pontos cegos, surdos e mudos de SP

Criar uma ferramenta de mapeamento e rastreamento de pontos cegos, surdos e mudos de centros urbanos, não atingidos por câmeras de segurança e com maior e menor incidência de ruídos audíveis. Autoria: Sara Lana Gonçalves da Costa, de Belo Horizonte-MG.

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