Os deputados Daniel Silveira e Eduardo Bolsonaro foram proibidos de entrar no STF para acompanhar o julgamento.| Foto: Reprodução / YouTube
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a entrada dos deputados Daniel Silveira (PTB-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) no plenário da Corte nesta quarta-feira (20).

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Os dois pediram para comparecer presencialmente ao julgamento da ação penal em que Silveira responde como réu, por ofensas aos ministros divulgadas num vídeo em fevereiro do ano passado.

Para proibir a entrada dos parlamentares, Fux citou uma resolução de fevereiro do tribunal, ainda em vigor, que permite apenas o ingresso de advogados que irão sustentar oralmente na tribuna, além dos próprios ministros, auxiliares e do procurador-geral da República ou seu substituto.

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A norma foi editada no momento em que a variante omicron do coronavirus crescia no Distrito Federal. De lá para cá, com a Covid em queda, várias restrições já foram atenuadas no STF, como a exigência de máscaras e comprovante de vacina para entrar.

Eduardo Bolsonaro e Daniel Silveira pediram para entrar no plenário por meio de assessores, que contataram o gabinete de Fux. O ministro mandou avisar que aplicaria a resolução.

Os dois chegaram a ir ao STF e poderiam acompanhar a sessão dentro do Salão Branco, recinto que fica atrás do plenário e reservado para autoridades, que costumam conversar com os ministros durante os intervalos. Os deputados, porém, preferiram retornar ao Congresso.

Em seu perfil no Twitter, Eduardo Bolsonaro questionou a decisão de Fux. "Eu iria acompanhar a sessão de julgamento do Dep. Daniel Silveira no STF. Mas uma resolução da corte impediu minha entrada e a dele também. Só no Brasil o réu é proibido de acompanhar o seu próprio julgamento. Isso não fere o direito à ampla defesa? Tempos estranhos", postou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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