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Brasília – O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) criticou ontem a demora do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em identificar e divulgar os nomes das pessoas que sacaram R$ 1,7 milhão, que seria usado para denunciar políticos tucanos.

O dinheiro seria usado para comprar um dossiê que mostraria o envolvimento dos candidatos do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, com a máfia das ambulâncias. "Me parece que é uma investigação que não leva muito tempo para saber de onde veio esse dinheiro. Mas não devem saber porque vai ver que o Coaf não funciona às sextas-feiras ou não há equipes para fazer o rastreamento desse dinheiro", ironizou Gabeira.

Em sua avaliação, as investigações da Polícia Federal têm de ser focadas na origem dos reais encontrados com Gedimar Passos e Valdebran Padilha, ambos ligados ao PT. "Rastrear os reais é o caminho mais generoso do que ir atrás dos dólares", disse Gabeira. "Para mim é fácil descobrir a origem do dinheiro e o lugar certo para isso é o Coaf", completou.

Além dos reais, a Polícia Federal encontrou US$ 139 mil com Gedimar e Valdebran, em um hotel em São Paulo. "Há elementos para saber de onde vieram os reais. Mas, se resolverem rastrear os dólares, essa investigação vai demorar mais de um ano", observou Gabeira. Ele disse que os dólares provavelmente vieram de Miami.

Dossiê

Gabeira foi à Polícia Federal buscar todos os depoimentos dados pelos envolvidos no escândalo e o dossiê que seria usado contra dos tucanos.

Toda a documentação foi para o cofre da CPI dos Sanguessugas, que irá acompanhar as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público.

Na opinião de Gabeira, a CPI só deve entrar nas investigações, com a criação de subcomissão específica para apurar o escândalo, se o caso não for solucionado até as eleições de 1.º de outubro. "Se tudo for concluído antes das eleições não vejo necessidade da CPI criar subcomissão", argumentou o deputado.

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