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Quatro jovens foram presos no bairro São Braz, em Curitiba, acusados de integrar uma quadrilha responsável pelo assassinato de pelo menos oito pessoas desde 2007. As prisões ocorreram na sexta-feira (19), conforme anunciou a polícia em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (22). De acordo com o delegado Hamilton da Paz, titular da Delegacia de Homicídios, o grupo cometia os crimes motivado por disputa de poder na região.

Os presos -- Thiago Felipe dos Santos, de 20 anos, Wellington Carmo da Silva, 20, Jefferson Carmo da Silva, 23, e Ademir Oliveira dos Santos, 20 -- faziam parte de um bando chamado Comando do Extermínio, do São Braz, cuja principal rival seria a gangue Comando Vila Sapo, do mesmo bairro com braço no Campina do Siqueira. Segundo a polícia, os grupos utilizavam a internet para trocar ofensas e até para marcar brigas.

Apesar da prisão dos quatro, a polícia afirma que há mais integrantes do grupo que estão soltos. "Nós vamos continuar investigando os demais integrantes dessa quadrilha. A Delegacia de Homicídios não irá permitir que marginais continuem disseminando medo pelos bairros. Continuaremos realizando nossas operações pelos bairros para encurralar os bandidos e colocá-los atrás das grades", disse Paz.

Thiago foi identificado como o líder da quadrilha, foi preso na manhã de sexta em um conjunto habitacional localizado no Bairro Novo. Os demais suspeitos foram detidos em outros pontos da cidade, cada um em seu local de trabalho, segundo a polícia.

Na casa de Jefferson, a polícia encontrou um revólver calibre 38, que teria sido utilizado no assassinato de Marcelo Gonçalvez Gutierrez, ocorrido no dia 31 de maio. Segundo a polícia, Thiago seria o responsável pelos disparos. Thiago é acusado pela polícia de assassinar ainda Clayton Nunes, em março, e Ricardo Serapio Ferreira, no final de 2008. Nos dois casos, ele teria sido auxiliado por Wellington.

As mortes de Celso Ricardo Nunes, em outubro de 2007; Daniel Fernando da Rosa, assassinado em novembro de 2008; e Heitor de Lima Alves Santos, José Pereira da Silva e Diego Pereira de Oliveira, executados em abril deste ano, também teriam sido provocadas pela quadrilha.

Os quatro estão presos no Centro de Triagem de Piraquara e responderão pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e posse ilegal de arma de fogo.

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