Os garimpeiros que fazem um protesto em frente à Copel, no bairro Batel, em Curitiba, desde a manhã desta terça-feira (16) devem ficar acampados no local por tempo indeterminado. De acordo com o advogado que representa os trabalhadores, Gabriel Granada, os trabalhadores não conseguiram se reunir com representantes da companhia durante a tarde. "Eles entregaram a pauta de reivindicações e pediram o acompanhamento da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] nas negociações", disse Granada.
A Copel confirmou que recebeu a pauta dos manifestantes e, de acordo com a assessoria de imprensa, a companhia está analisando as reivindicações e só deve se pronunciar nesta quarta-feira (17).
Vindos de Telêmaco Borba, Ortigueira e Tibagi, eles pedem a retomada das negociações no processo de indenização instaurado com a construção da usina hidrelétrica de Mauá pelo consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e pela Eletrosul.
Granada afirma que os trabalhadores só pretendem deixar o local após uma solução para as reivindicações. "Eles estão dispostos a ficar aqui o tempo que for preciso", diz. De acordo com o advogado, os manifestantes trouxeram banheiros químicos, colchões, fogão e utensílios de cozinha e devem acampar em frente à companhia por tempo indeterminado.
De acordo Granada, o protesto foi organizado depois que a Copel cancelou uma audiência marcada na Justiça para a terça-feira da semana passada (9). No encontro oficial, garimpeiros e empresa continuariam a discutir o pagamento das indenizações, que hoje está em torno de R$ 15 milhões - R$ 150 mil para cada trabalhador afetado pela instalação da usina, inaugurada em dezembro de 2012. A assessoria de imprensa da companhia informou que precisava checar a veracidade do cancelamento antes de comentar o fato.
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