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Um grupo de garimpeiros realizou protestos em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, na tarde de quinta-feira (1º) e na manhã desta sexta-feira (2). Eles pedem revisão no processo de indenização da usina hidrelétrica Mauá pelo consórcio Cruzeiro do Sul. A assessoria de comunicação do consórcio informou, no entanto, que não serão pagas novas indenizações.

A formação da represa da usina, que opera comercialmente desde o início deste ano, impediu a continuidade do trabalho dos garimpeiros. Parte deles foi indenizada pelo consórcio, mas muitos não tiveram acesso ao ressarcimento.

Um grupo de cerca de 50 garimpeiros protestou na quinta-feira (1º) em frente ao prédio da Copel (sócia do consórcio) e na manhã desta sexta-feira (2) fechou por meia hora a ponte do rio Tibagi, na PR-160, que liga Telêmaco Borba a Harmonia. A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar e pela Polícia Rodoviária Estadual, mas não houve incidentes. O tráfego foi liberado às 11 horas.

O consórcio foi procurado por 292 garimpeiros antes do alagamento da área da usina, que fica entre Telêmaco Borba e Ortigueira, e 165 foram indenizados em abril de 2011. Conforme a assessoria de comunicação do consórcio, as negociações foram definidas na Câmara Técnica de Empregados da Mineração, composta por entidades como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Defensoria Pública da União.

O pedido de novas indenizações se manteve e então em março deste ano o consórcio apresentou um programa de recapacitação aos mineradores, com 29 cursos técnicos, como de soldador e mecânico, porém, os garimpeiros reforçaram o pedido de novas indenizações. " O Consórcio Energético Cruzeiro do Sul reafirma sua posição de não pagar novas indenizações, uma vez que elas já foram pagas. Além disso, uma nova indenização não resolve a questão profissional desses garimpeiros – o que seria feito por meio da capacitação anteriormente negociada entre a comissão e o Consórcio", alegou a direção do consórcio em nota à reportagem.

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