• Carregando...
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Londrina – O delegado da Polícia Civil de Cornélio Procópio, Cássio Wzorek, abriu inquérito para investigar a morte do menino Wesley Henrique da Silva, 6 anos, que faleceu na manhã de ontem, no Hospital Universitário (HU) de Londrina (Região Norte do estado). Segundo o hospital, ele morreu em função de uma infecção generalizada, de causas desconhecidas, mas é a necropsia do corpo, feita ontem, que deve apontar a causa do óbito. O resultado sai em 30 dias.

Natural da cidade de Sertaneja, a criança estava internada no HU desde o último sábado, depois de ser transferida da Santa Casa de Cornélio Procópio. Quando chegou ao HU, o menino apresentava um quadro considerado gravíssimo de infecção no corpo. "A médica me disse que ele possuía 10% de chance de vida", disse Wzorek.

A morte é envolta em várias suspeitas, entre elas a de negligência médica no atendimento, em razão da demora do diagnóstico pelos médicos de Sertaneja. Wesley precisou de atendimento médico depois de sofrer uma agressão no dia 31 de julho causada, segundo a família, por um colega de escola. A primeira ida do garoto ao hospital foi em razão de queixas de dores na perna. A agressão no pátio da Escola Municipal Antônio Stellato causou a abertura do inquérito na polícia, mas o delegado acredita que ela não tenha ligação com o quadro infeccioso que se desenvolveu até a morte de Wesley.

Em Sertaneja, o garoto foi levado por três vezes para atendimento até que fosse diagnosticado algum problema. A mãe Alzira da Silva conta que levou o menino ao Hospital Municipal de Saúde, mas a médica que atendeu a criança não constatou nada. "Disseram que meu filho estava com manha", relata. O diretor clínico do hospital, José Antônio Otoni da Fonseca, informou que a queixa era de dor na perna e nada foi constatado. O garoto teria inclusive passado por uma intervenção cirúrgica, mas não havia nenhuma lesão interna.

Na segunda vez, como persistiam as dores, a mãe levou Wesley a um posto de saúde, onde foi tirado um raio X da perna. Segundo o tio da criança, Luiz Carlos Nascimento, o exame não apresentou nada. Na terceira vez, de volta ao hospital, Fonseca disse que foi identificado o quadro infeccioso. "Nesse momento ele foi encaminhado rapidamente para Cornélio", disse. Segundo o chefe da 17.ª Regional de Saúde, Adílson de Castro, no encaminhamento, o estado já era grave. O transporte levou mais de quatro horas.

Briga

A secretária de Educação de Sertaneja, Dinora Pinheiro, negou que o desentendimento entre os alunos tenha acontecido dentro da escola. Já o pai do garoto acusado de ter brigado com Wesley disse que não houve briga, mas confirmou que as crianças se conheciam. "Meu filho não faria algo tão perverso", garante. O delegado Wzorek confirmou que a briga realmente aconteceu. Ele informou que vai esperar o resultado da necropsia para definir como o inquérito será concluído.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]