Depois de pouco mais de um ano de espera, finalmente os pais de Edygleison Martins dos Santos, 3 anos, puderam reencontrá-lo. O menino saiu da Inglaterra, onde ficou retido desde setembro do ano passado, na madrugada de segunda-feira, acompanhado pelo tio, Cleberson Tavares dos Santos. Reencontrou o pai, Roberson Tavares dos Santos, e a madrasta, Flávia Aline Boreski, na madrugada de terça-feira, quando chegou ao aeroporto de Londrina. "Depois de esperar tanto, é uma vitória tê-lo entre a gente de novo", comemora o pai.
Logo após o encontro, a família toda veio a Curitiba para que o menino fosse avaliado pelos médicos do serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas (HC). Ele sofre de uma doença genética rara, a Síndrome de Wiskott-Aldrich (SWA), e aguarda por um transplante.
Ontem, o atendimento foi feito pela hematologista Daniela Setubal, já que a responsável pelo caso, Carmem Bonfim, está de licença médica e deve retornar ao trabalho somente em 20 dias. "O menino foi muito bem assistido na Inglaterra e, dentro das características da doença, seu quadro de saúde é estável", informou a médica.
A família ainda continua em Curitiba hoje para a realização de outros exames no menino. No entanto, os pais pretendem voltar amanhã mesmo para Umuarama, onde moram. Edygleison deverá retornar à capital periodicamente para receber acompanhamento médico. "Ele deve retornar ao hospital em dez dias para uma nova avaliação. Depois disso, a freqüência de vindas a Curitiba vai depender de como ele reagir ao tratamento", explica Daniela.
Edygleison estava retido na Inglaterra desde setembro do ano passado, quando os pais foram acusados de maus-tratos e voltaram para o Brasil para não serem presos, já que estavam no país ilegalmente. A desconfiança de agressão surgiu devido a manchas na pele e sangramentos que a criança apresentou ao ser atendida em um hospital inglês. No entanto, os sinais são característicos da doença que Edygleison possui. Quando o fato foi confirmado, Roberson e Flávia já estavam no Brasil.
Depois de ter sido separado dos pais, Edygleison passou cerca de cinco meses sob os cuidados de uma família inglesa. Somente em março deste ano é que a guarda foi transferida para o tio, que mora legalmente na Inglaterra. "Eu participei de 13 audiências com a corte inglesa para conseguir trazer o meu sobrinho para junto dos pais", conta Cleberson.
Segundo o tio, a volta para o Brasil já estava acertada desde o início do mês passado, mas o retorno demorou devido à burocracia inglesa. O governo britânico se responsabilizou pelo pagamento das passagens aéreas de ida e volta de Cleberson e um de seus filhos, além dos custos da viagem do menino. "Como ele passou muito tempo longe dos pais, vou ficar um mês aqui no Brasil para participar da readaptação dele", explica o tio.
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