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Em meio a uma grave estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu cobrar uma sobretaxa na conta de água daqueles que ampliarem o consumo, além de distribuir caixas d'água e kits com válvulas para diminuir o consumo.

A sobretaxa, chamada de "plus" pelo governador, foi anunciada na tarde desta quinta-feira (18) pelo governo do Estado. "Nós não queremos arrecadar nada, queremos que todos colaborem. Essa medida não tem caráter punitivo", afirmou Geraldo Alckmin.

Quem tiver o aumento de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá 20% de acréscimo na conta de água. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.

Para diminuir o consumo, serão distribuídos kits de economia de água, com válvulas que poderão ser usadas pelos usuários para diminuir a vazão das torneiras. O governo também planeja distribuir caixas d'água para 10 mil residências, para que essas casas não dependam do abastecimento da rua.

A medida começa a valer em 1º de janeiro - resta apenas o aval da Arsesp (agência estadual de saneamento), o que deve ocorrer nos próximos dias. Aqueles com consumo baixo (inferior a 10 metros cúbicos mensais) estarão fora dessa sobretaxa. Haverá ainda opção de recursos à Sabesp, para casos de mudança de imóvel, por exemplo.

Além disso, o governo anunciou nesta quinta-feira (18) a prorrogação do programa do bônus para os consumidores que têm economizado água nesse período. As atuais faixas de desconto serão mantidas - redução entre 10% e 14,9% (bônus de 10%); de 15% a 19,9% (bônus de 20%); e de 20% ou mais (bônus de 30%).

A meta do governo com essas medidas é reduzir 2,5 m³/s do consumo de água da Grande São Paulo. Antes da crise hídrica, a cidade consumia 73,2m³/s; hoje, consome 59m³/s.

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